Clima afeta segurança alimentar mas inovações ajudam mudar esse cenário

Clima afeta segurança alimentar mas inovações ajudam mudar esse cenário
Clima afeta segurança alimentar mas inovações ajudam mudar esse cenário

Foi recentemente publicado pelos cientistas climáticos da União Europeia (UE) uma avaliação anual das condições climáticas na Europa. Os pesquisadores concluíram que 2022 foi o segundo ano mais quente registrado no continente.

Além disso, os resultados da pesquisa mostraram  que os últimos 8 anos tiveram as temperaturas mais elevadas da história. Essas alterações climáticas podem levar a catástrofes ambientais e problemas sociais, como a segurança alimentar.

Clima afeta segurança alimentar mas inovações ajudam mudar esse cenário
Clima afeta segurança alimentar mas inovações ajudam mudar esse cenário

Durante o verão, secas históricas agravaram a produção agrícola no continente. As alterações climáticas configuram-se uma ameaça para a segurança alimentar e aos produtores agrícolas, que dependem da produção como fonte de renda. Dessa forma, é necessário que o setor do agronegócio inove os métodos utilizados para conseguir superar esse desafio.

Uma série de inovações agrícolas estão surgindo em todo mundo, fornecendo modelos e iniciativas que pode ajudar a população mundial se prevenir de uma crise alimentar.

Crises climáticas alimentadas pela agricultura moderna

Em 2022, as mudanças no clima foram influenciadas por crises econômicas globais, como a guerra na Ucrânia e a Covid-19.

As consequências dessas situações criaram um cenário que intensificou a problemática da insegurança alimentar.

O Programa Alimentar Mundial da ONU (PMA) chamou 2022 de “um ano de fome sem precedentes”, uma vez que o nível de fome aguda naquele ano foi de 135 milhões de 345 milhões, desde 2019.

A forma que a agricultura atua nos dias de hoje, apesar de atingir altos níveis de produção, não contribui para mitigar as mudanças no clima.

O setor agrícola gera cerca de um quarto das emissões globais GEE, consome 70% da água doce e é responsável 80% da degradação do uso do solo.

Como alertou Agame Khare, CEO da empresa de agricultura e biociências Absolute Foods, “temos agora um ciclo vicioso de feedback entre a produção de alimentos e a degradação da natureza”.

É fundamental quebrar esse ciclo, exigir inovações agrícolas para os agricultores se adaptarem e diminuir a mudança no clima.

De olho no espelho retrovisor

Práticas antigas, que eram recorrentes antes da revolução industrial, estão sendo utilizadas como solução a essa questão. Por exemplo, o cultivo de maslins – uma mistura de espécies de cereais– em oposição às culturas isoladas é particularmente promissor para a adaptação climática.

Segundo a Universidade de Cornell, era uma solução de etíopes. O pesquisador, Alex McAlvay, “podemos aprender muito com os agricultores de maslin”, uma vez que são resistentes a seca e a pragas. Isso permite essa cereal produzir muito mais que práticas isoladas.

Necessária inovação tecnológica para preservar a natureza

Além dos estudos sobre práticas utilizadas no passado, soluções utilizando tecnologia também estão sendo analisadas.

O empresário italiano Gaetano Buglisi adoptou esta dupla abordagem para revitalizar 1.000 hectares de terras agrícolas abandonadas ou gravemente degradadas no sul de Itália.

Como o solo apresentava alta salinidade, Buglisi optou em adotar culturas que seriam próprias para essa situação, como frutas exóticas.

Foram utilizados nos métodos de agricultura 4.0, como micro irrigação, diminuindo o desperdício de água. Também, a produção de frutas nessa região pode ajudar os residentes dos locais que trabalharam no projeto. Essa prática, representa um modelo de sucesso, indicando que as inovações agrícolas podem ser o caminho para a segurança alimentar e social.

Mudando o jogo com a agricultura regenerativa

Essa agricultura discutida anteriormente, é classificada como agricultura regenerativa. Esse nome se deve ao fato que permite otimizar o uso da terra, no uso de fertilizantes, água, entre outros. Isso permite que o solo se adapte as alterações climáticas e armazene carbono.

Essas práticas devem ser implementadas para que possa ser assegurada a segurança alimentar no mundo. Contribuindo para que as notícias sobre desastres ocasionados pelo clima sejam tão frequentes.

Por Ana Carolina Ávila

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