O novo relatório do Fórum Internacional de Energia (IEF), divulgado nesse ano, discute que os mercados de créditos de carbono são capazes de reduzir de forma eficaz os custos associados à remoção de gases com efeito de estufa.
Assim, os mercados de créditos de carbono estão destinados a desempenhar um papel essencial na transição energético.
O IEF é composto por ministros de energia de 73 países. A entidade elogiou os esforços de transição da Arábia Saudita, incluindo o estabelecimento da Regional Voluntary Carbon Market Co. e os esforços dos Emirados Árabes Unidos (EAU), com a Carbon Alliance.
A Voluntary Carbon Market Co. tem como objetivo principal incentivar projetos que abordem questões climáticas, visando alcançar as metas climáticas da Arábia Saudita. Esta empresa conduziu com sucesso dois leilões, vendendo 3,6 milhões de toneladas de créditos de carbono.
Mudanças nos mercados de créditos de carbono
A Carbon Alliance foi lançada em 2023 para desenvolver o ecossistema do mercados de créditos de carbono nos EAU. Atualmente, desempenha um papel fundamental no país, sendo aliada de diversas organizações importantes.
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Os esforços notáveis da Arábia Saudita e dos EAU, demonstram que esses mercados são ferramentas fundamentais na realização dos objetivos climáticos.
Tais iniciativas visam alcançar emissões líquidas zero de carbono e garantir o acesso universal a energia acessível e fiável no âmbito do Acordo de Paris.
Joseph McMonigle, secretário-geral do IEF, falou que o crescimento dos mercados de carbono também ajudará a angariar dinheiro para projetos de energia limpa.
De acordo com o relatório, a promoção do comércio transfronteiriço de créditos de carbono entre nações pode fortalecer os balanços líquidos de carbono zero, aumentando a oferta e a demanda.
Além disso, os mercados de créditos de carbono podem gerar investimentos significativos em tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS). Contudo, é necessário um acordo internacional, como o Artigo 6 do Acordo de Paris, para fomentar todo potencial dos mercados internacionais de créditos de carbono.
A ações da Arábia Saudita, incluindo a abertura do maior centro de captura de carbono do mundo em Jubail, demonstram seu compromisso em reduzir as emissões de gases de efeito estufa e enfrentar os desafios das mudanças no clima.
Nesse sentindo, os mercados créditos de carbono representam uma ferramenta crucial na luta contra as mudanças climática, exercendo um papel fundamental na transição para economia de baixo carbono.
Projeto BR ARBO junta reflorestamento e mercado de créditos de carbono
Os créditos de carbono acabam gerando títulos verdes, que podem ser transacionados nos mercados internacionais. Um dos exemplos desse tipo de atividade no Brasil é a do projeto BR ARBO na Amazônia, liderado pelo empresário Gaetano Buglisi.
Com uma área de 903 mil hectares (9030 km²), três vezes ao tamanho de Hong Kong, o projeto visa preservar a floresta Amazônica para a criação de créditos de carbono.
Por Ana Carolina Ávila
