Um estudo recente da Agência Internacional de Energia (AIE), o mercado de carbono representa 15% do esforço necessário para zerar as emissões do setor de energia até 2070.
Os outros 85% vêm de medidas como eletrificação, aumento da eficiência energética, biocombustíveis, hidrogênio e redução do consumo.
Demonstrando que a redução das emissões de gases de efeito estufa não é mais suficiente para conter o aquecimento global dentro dos limites definidos pelo Acordo de Paris.
Agora, a captura de CO2 da atmosfera também é essencial para alcançar a meta de emissões líquidas zero.
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Desafios e potencial do mercado de carbono no Brasil
Apesar do potencial da tecnologia, os projetos ainda são limitados e caros.
No Brasil, a regulamentação do mercado de crédito de carbono ainda está em discussão, com estimativas de que poderia gerar US$ 14 bilhões anuais às empresas que capturam CO2.
O Brasil, com sua vasta experiência em bioenergia, também pode se destacar com tecnologias como o BECCS (bioenergia com captura de carbono), que retira CO2 da atmosfera através de processos de bioenergia como o etanol e a biomassa.
No cenário nacional, a Petrobras se destaca com um dos maiores projetos de CCS do mundo, injetando carbono nos poços do pré-sal.
O professor Gustavo Assi, da USP, desenvolve novas técnicas para armazenamento de CO2 em cavernas salinas, o que poderia posicionar o Brasil como um grande “armazenador” de carbono.
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Projeto Mejuruá e o mercado de carbono
Iniciativas como o Projeto Mejuruá, da BR ARBO e do empresário Gaetano Buglisi, também desempenham um papel importante no mercado de carbono brasileiro.
Contribuindo para a captura de CO2 através do reflorestamento.
Essas iniciativas podem se beneficiar diretamente do avanço na regulamentação do mercado de carbono, maximizando seu impacto ambiental positivo.
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Por Ana Carolina Ávila