Sistema Agroflorestal para enfrentar a seca na Amazônia

Recentemente, o Sistema Agroflorestal (SAF) está se tornando uma solução viável para reduzir os efeitos devastadores da seca na Amazônia.

O plantio de espécies nativas em um projeto do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, do estado do Amazonas, tem mostrado resultados positivos.

O SAF está promovendo a geração de renda diversificada e promovendo a conservação ambiental, além de minimizar os impactos da seca para as comunidades locais.

O projeto, que começou muito antes da seca intensa do ano passado, tem como objetivo principal reduzir os efeitos da crise climática em um contexto mais amplo de compensação de emissões de carbono. As comunidades da reserva estão plantando espécies florestais e frutíferas sob a orientação técnica do Idesam com o objetivo de reduzir o sequestro de carbono e aumentar a segurança alimentar e a geração de renda.

A engenheira florestal Isys Nathyally de Lima Silva do Idesam enfatiza a importância do diversidade de espécies no SAF. O plantio de árvores de grande porte, que têm um alto potencial de sequestro de carbono, em conjunto com árvores frutíferas como açaí, cacau e graviola, cria um arranjo produtivo duradouro para as famílias locais.

Essa diversidade permitiu que as comunidades mantivessem a produção de alimentos para subsistência, fornecendo alimento adicional em um momento importante devido à seca.

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Impactos da seca na Amazônia

A seca recorde da bacia do rio Amazonas em 2023 foi causada pela crise climática causada pela ação antrópica. Após o episódio, o volume dos rios caiu para o mínimo em mais de 120 anos, secando alguns rios e afetando os rios tributários, afetando milhões de pessoas que vivem na região. Os cientistas descobriram que o aquecimento global aumentou a probabilidade de seca na área, tornando-a 30 vezes mais provável.

As comunidades da reserva foram gravemente afetadas pela severa seca que assolou a região do ano passado. Com o Rio Negro atingindo seu menor nível em mais de cem anos, as condições de vida dos residentes locais se tornaram extremamente difíceis. No entanto, o SAF estabelecido anteriormente permitiu que as comunidades mantivessem uma fonte de alimento e renda durante este período difícil.

Além dos benefícios imediatos, como segurança alimentar e aumento da renda, o SAF também beneficia o meio ambiente. O reflorestamento de áreas desmatadas e degradadas ajuda a mitigar os efeitos das mudanças climáticas por meio da captura de carbono da atmosfera. Uma quantidade significativa de carbono sequestrado é representada por cada muda que se transforma em uma árvore adulta, contribuindo para a estabilidade do clima mundial.

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O SAF oferece uma alternativa sustentável e duradoura para as famílias que vivem do pesca, do extrativismo e da agricultura de subsistência. Além disso, o cultivo de uma variedade de produtos florestais, como cupuaçu, açaí e breu-branco, é more lucrativo e estável em comparação com a agricultura tradicional.

No entanto, o SAF depende não apenas das comunidades locais, mais também de políticas públicas adequadas de conservação e reflorestamento. Projetos como esse devem ser expandidos e replicados em outras partes da Amazônia, especialmente em locais onde o desmatamento e a degradação ambiental são mais intensos.

Assim como o SAF, a BR ARBO também busca a proteção desse ecossistema tão vital para a existência humana. Dessa forma, o projeto Mejuruá tem como meta preservar uma reserva na floresta.

O Sistema Agroflorestal está se tornando una estratégia promissora para aumentar a resiliência climática, das comunidades amazônicas e promete proteger o meio ambiente para as gerações futuras, à medida que se enfrenta desafios cada vez maiores das mudanças climáticas.

Por Ana Carolina Ávila

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