Recentemente, a pavimentação da BR-319, rodovia que conecta Manaus (AM) a Porto Velho (RO), tem sido alvo de críticas de ambientalistas e pesquisadores, pela potencial ameaça a áreas de preservação na Amazônia.
A estrada, que corta áreas protegidas da floresta amazônica, está facilitando o desmatamento, grilagem de terras e atividades ilegais, como a extração de madeira.
Além disso, 69 comunidades indígenas, incluindo grupos isolados, estão sendo diretamente impactadas pela obra.
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Impactos no ciclo das chuvas e na crise hídrica
Pesquisadores alertam que a devastação na área ao redor da BR-319 pode alterar o ciclo das chuvas na região e além.
O biólogo Lucas Ferrante, da USP e UFAM, aponta que a destruição da floresta pode reduzir a umidade e comprometer o fenômeno dos “rios voadores”, responsáveis por grande parte das chuvas que abastecem o Sul e o Sudeste do Brasil.
Essa mudança climática pode agravar a crise hídrica em estados como São Paulo.
Com 57 igarapés já soterrados pela obra, os impactos ambientais são visíveis.
O desmatamento em torno da BR-319 aumentou 122% entre 2020 e 2022, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A expansão da rodovia, que deveria promover o desenvolvimento regional, pode, na verdade, destruir parte significativa da biodiversidade local e ampliar a grilagem de terras públicas.
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Projeto Mejuruá e sua importância para a preservação da Amazônia
Diante desses impactos, projetos como o Mejurua, da BR ARBO, são fundamentais para mitigar os danos ambientais.
Focado no reflorestamento e na captura de carbono, o Projeto do empresário Gaetano Buglisi, contribui diretamente para a restauração de áreas degradadas na Amazônia.
Essas iniciativas são essenciais para combater os efeitos nocivos de empreendimentos como a BR-319 e preservar a biodiversidade da região, além de promover a sustentabilidade e a proteção climática.
Por Ana Carolina Ávila