A Nigéria anunciou recentemente seu “Plano Nacional de Ativação do Mercado de Carbono” com o objetivo de criar um mercado de carbono com um ecossistema eficiente e sustentável.
O objetivo do plano é explorar o enorme potencial de carbono do país, que supera os 2 bilhões de dólares, aumentando a participação no mercado regulado e voluntário.
A ação inclui, com atenção especial ao Artigo 6 do Acordo de Paris, a implementação de um regime de comércio de emissões, um registro de carbono e um sistema de créditos de carbono de alta integridade.
Além disso, com o objetivo de abordar a pegada de carbono da Nigéria, o plano se concentra no uso do gás natural como combustível de transição e no investimento em fontes renováveis. Principalmente, devido à forte dependência do petróleo da economia do país.
Essa iniciativa está sendo apoiada pela Africa Carbon Market Initiative (ACMI), que está enfatizando o potencial africano ainda não explorado, principalmente em projetos relacionados à silvicultura e uso do solo.
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Em um relatório recente da ACMI, apenas cinco países africanos emitiram a maioria dos créditos de carbono, com apenas um pequeno percentual da Nigéria.
O documento faz referência a um white paper do African Energy Council que enfatiza o potencial de redução de carbono dos manguezais na região Sul-Sul da Nigéria. A entidade também tem escritórios em Londres, Inglaterra, e Abuja, na Nigéria.
Essas iniciativas são consideradas essenciais para a Nigéria, o país mais populoso da África com mais de 223 milhões de pessoas em 2023. A atenção dos nigerianos para a importância do mercado de carbono pode contribuir para divulgar a necessidade de criar medidas que reduzam emissões em outros países.
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BR ARBO entra no mercado de créditos de carbono
A BR ARBO, assim como a Nigéria, percebeu a alta rentabilidade do mercado. Dessa forma, surge o projeto Mejuruá, o qual combina desenvolvimento econômico com o sustentável.
Ao preservarem uma reserva na Amazônia, a BR ARBO pode comercializar créditos de descarbonização com empresas que não atingiram suas metas climáticas. Essa ação de recompensar aqueles que diminuem as emissões e penalizar os que aumentam, ajuda a mitigar as mudanças climáticas.
Por Ana Carolina Ávila