Análise do MCSI: Expectativa de recuperação e crescimento do Mercado de Créditos de Carbono até 2030

O mercado global de créditos de carbono está projetado para recuperar sua credibilidade e entrar em ascensão a partir de 2025, com perspectivas otimistas apontadas pela MSCI.

Nos últimos anos, o mercado voluntário de créditos de carbono tem avançado em termos de qualidade e integridade dos projetos, muito questionado anteriormente por causa da facilidade de fraude.

Análise do MCSI: Expectativa de recuperação e crescimento do Mercado de Créditos de Carbono até 2030
Análise do MCSI: Expectativa de recuperação e crescimento do Mercado de Créditos de Carbono até 2030

Contudo, progressos recentes referentes à iniciativas e financiamentos sustentáveis, além do monitoramento e novas regulamentações, geraram uma demanda crescente pelos créditos de carbono e projetos verdes que removem o carbono da atmosfera.

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O surgimento de padrões mais rigorosos, como os Princípios Básicos de Carbono introduzidos pelo Integrity Council for the Voluntary Carbon Market em 2024, tem desempenhado um papel crucial na elevação da integridade dos projetos

Segundo o relatório da MSCI, empresa global de sistema financeiro Morgan Stanley Capital International, o valor total do mercado de carbono, estimado em US$ 1,5 bilhão em 2024, pode atingir US$ 35 bilhões até 2030 e US$ 200 bilhões até 2050, desde que as metas climáticas sejam cumpridas e a integridade dos créditos melhore.

Ademais, a empresa indicou que a proporção de créditos com maior classificação de 2022 a 2024, dobraram de 6% para 12%.

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Embora seja comum a crítica de que os créditos de carbono podem ser usados como substitutos para a redução real de emissões, uma análise da MSCI desmentiu o cenário. Empresas que utilizam créditos de carbono:

  • Foram mais transparentes em divulgar emissões de Escopos 1, 2 e 3;
  • Estabeleceram metas confiáveis de redução de emissões;
  • Reduziram emissões de Escopos 1 e 2 a uma taxa média de 3,6% ao ano, mais que o dobro da taxa das empresas que não utilizam créditos (1,5%).

Esses dados refletem o papel dos créditos de carbono de serem matéria-prima para estratégias climáticas mais amplas, complementando ações de mitigação de mudanças climáticas e não substituindo o esforço real de redução de emissões.

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Conclusão

Com a melhoria contínua dos créditos de carbono, tanto na qualidade quanto na credibilidade, além de maior rigor nos padrões de avaliação e crescente interesse global por soluções climáticas, o mercado de carbono se posiciona como uma peça central na transição para uma economia de baixo carbono.

A recuperação esperada para 2025 não é apenas um reflexo de maior confiança no mercado, mas também um indicativo de que os compromissos climáticos estão começando a gerar transformações significativas.

Se as tendências atuais se mantiverem, os créditos de carbono desempenharão um papel vital na mitigação das mudanças climáticas e no alcance das metas globais de emissões.

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

Ana Carolina Turessi

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