Recentemente, a demanda por créditos de carbono associados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU está em ascensão.
A procura pelos créditos aumenta à medida que os compradores buscam comprovar a autenticidade dessas alegações.
A BeZero Carbon, uma agência de classificação de carbono, divulgou uma pesquisa destacando que esses créditos estão ajudando a financiar metas globais críticas. Especialmente aquelas alinhadas com os ODS.
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Ascensão de créditos de carbono
Conforme a pesquisa, créditos com alegações ligadas aos ODS obtiveram um prêmio médio de preço de 106% em 2023, comparado a créditos sem essas alegações.
Esse aumento está diretamente relacionado à crescente conscientização dos impactos socioeconômicos dos projetos de carbono.
Entre 2021 e 2024, o prêmio médio foi de 31%, demonstrando o quanto os compradores estão dispostos a pagar mais por projetos que garantam benefícios sociais e ambientais adicionais.
Os créditos classificados com alta qualidade, como os da categoria ‘AA’, com fortes vínculos aos ODS, são vendidos por um valor até 342% maior do que aqueles com classificações inferiores e sem tais alegações.
Isso reflete a confiança dos compradores em projetos que prometem ir além da simples compensação de carbono, promovendo também o desenvolvimento sustentável.
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Integridade dos créditos: Projeto de Gaetano Buglisi
Apesar do aumento na demanda, a pesquisa alerta que a integridade das reivindicações de ODS pode variar.
A falta de padronização global nas exigências para alegações ligadas aos ODS aumenta a necessidade de due diligence por parte dos compradores.
Para abordar essa questão, a BeZero Carbon desenvolveu o painel Beyond Carbon, que avalia a qualidade das reivindicações de ODS feitas por projetos de carbono, promovendo maior transparência.
O Projeto Mejuruá, uma iniciativa de reflorestamento vinculada à BR ARBO e liderada por Gaetano Buglisi, está bem posicionado no contexto da demanda crescente por créditos de carbono atrelados aos ODS.
Além de contribuir para a captura de carbono, o projeto fortalece as comunidades locais e preserva a biodiversidade.
Por Ana Carolina Ávila