O Zimbábue criou um registro de créditos de carbono baseado em blockchain para restaurar a confiança dos investidores no mercado após uma série de problemas no setor.

No ano de 2023, o país causou algumas controvérsias ao cancelar repentinamente projetos e reter parte dos lucros, o que afetou desenvolvedores e investidores do Projeto Kariba Redd+. Como resposta, as autoridades estabeleceram a Autoridade de Mercados de Carbono do Zimbábue para supervisionar o setor e garantir maior transparência nas transações de créditos de carbono.
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Esse novo registro foi desenvolvido pela A6 Labs, uma empresa sediada em Dubai e esse é o primeiro desse tipo no mundo. Ele utiliza a tecnologia blockchain para garantir que todas as transações sejam totalmente rastreáveis, ajudando a garantir a integridade e a confiabilidade desse mercado.
Desse modo, isso é visto como uma medida essencial para aumentar a transparência, especialmente após as interrupções que minaram a confiança de investidores e desenvolvedores em 2023. Com o Zimbábue sendo um dos maiores produtores de créditos de carbono na África, o objetivo é regulamentar o setor de maneira mais eficiente e confiável.
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Nesse sentido, todos os desenvolvedores de projetos de carbono deverão se inscrever no registro e cumprir critérios rigorosos para garantir que seus projetos atendam aos padrões necessários. Essa nova abordagem visa colocar o país como um líder confiável no mercado global de créditos de carbono.
Nesse ínterim, é valido analisar que Projetos como Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem metas sustentáveis e contribuem para o mercado de créditos de carbono global ao preservar ecossistemas.
Ademais, se alinha com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável assim como o Zimbábue, que busca por um mercado de carbono mais íntegro e confiável.