A União Europeia (UE) pensa sobre a adoção de uma taxa de carbono internacional, podendo enfraquecer o financiamento climático necessários para países emergentes.
A UE está disposta a aceitar um acordo que garante que empresas participem de um sistema de comércio de créditos de carbono, em vez de pagar diretamente por suas emissões de CO₂.
A ideia original de uma taxa de carbono, que visa cobrar as emissões de dióxido de carbono, era incentivada por várias nações emergentes e tinha como objetivo arrecadar fundos para lutar contra as mudanças climáticas.
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Contudo, o plano enfrentou forte oposição de países como China, Brasil e Arábia Saudita, que apontam que o imposto aumentaria os preços para os consumidores e prejudicaria seus interesses econômicos.
A nova ideia permitiria que as empresas negociassem créditos de carbono como solução ao pagamento direto das emissões, podendo mitigar os recursos destinados a países em desenvolvimento.
Analistas destacam que essa metodologia pode prejudicar a as metas de emissões liquidas zero, já que incentiva soluções de curto prazo, como o uso de biocombustíveis, que têm impactos ambientais questionáveis.
Apesar das críticas, o bloco parece ceder a pressões para firmar um acordo que possa ser aceito por todos os países participantes.
A ideia também aponta preocupações sobre a eficácia das medidas de descarbonização, com a urgência de soluções de longo prazo, como o uso de novos combustíveis, sendo colocada em risco.
Em suma, o futuro financiamento sustentável dependerá da capacidade de se chegar a um acordo que combine eficácia ambiental com justiça econômica para as nações mais vulneráveis.
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