A Tera, uma startup de tecnologia climática com sede em Kisumu, no Quênia, acaba de se tornar a primeira desenvolvedora africana a obter validação independente no registro de carbono Riverse.

Isso permite que a empresa comece a emitir créditos de carbono verificados, um avanço importante para o setor climático no continente.
Fundada em 2024, a Tera se destaca por transformar bagaço de cana-de-açúcar um resíduo agrícola comum em biochar, um material rico em carbono que melhora o solo e retém CO₂ por centenas de anos.
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Essa prática não só ajuda a capturar carbono, como também contribui para o uso sustentável de resíduos e para a agricultura regenerativa.
A empresa utiliza um sistema digital próprio de monitoramento, relatórios e verificação (dMRV), que registra todos os dados de carbono em uma plataforma digital segura, garantindo transparência para investidores e compradores.
Esse modelo traz mais credibilidade para o mercado de créditos de carbono africano, até então com baixa participação no cenário global.
Com a validação já concluída, a Tera abre espaço para novos investimentos em soluções climáticas e convida interessados em apoiar projetos com alto impacto ambiental e social. Segundo o CEO Rob Palmer, a parceria com a Riverse representa “um passo essencial para levar a remoção de carbono a uma escala que beneficie tanto as pessoas quanto o planeta.”
A Tera atua na região canavieira do Quênia, onde consegue matéria-prima local e apoia o desenvolvimento rural. Até 2030, a empresa planeja produzir 450 mil toneladas de biochar, capturando cerca de 1 milhão de toneladas de CO₂ e recuperando 900 mil hectares de terras agrícolas degradadas.
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O Projeto Mejuruá atua no coração da Amazônia com o objetivo de preservar o meio ambiente e fortalecer as comunidades que vivem na floresta. Com essas práticas sustentáveis, o Mejuruá prova que é possível unir desenvolvimento humano e proteção ambiental, criando um modelo de futuro mais justo e equilibrado para a Amazônia e suas populações.