A Conferência das Partes (COP29), que teve início nesta segunda-feira, 11/11, em Baku, no Azerbaijão, iniciou-se com a aprovação de regras relevantes para a criação de um mercado global de carbono baseado no Acordo de Paris.
O consentimento das normas marca um passo significativo na construção de um mercado de crédito de carbono mais transparente e eficaz, permitindo que países e empresas compensem suas emissões de gases de efeito estufa.
Esta medida tem forte conexão com a delegação brasileira, já que promove o incentivo à financiamentos para que países preservam seus ecossistemas naturais, como é o caso da Amazônia.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, ressaltou, durante a sessão, a importância de estabelecer fontes de financiamento para implementação das metas climáticas com o objetivo de que estas não se tornem promessas vazias.
Ela ressaltou que “sem os meios de implementação, não haverá como tirar da teoria as promessas feitas”.
O vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou, enfatizando o projeto de regulamentação do mercado interno de carbono que está sendo discutido no Senado. Ele ainda evidenciou os projetos sucedidos do Brasil de interrupção do desmatamento no Cerrado.

O presidente da COP29, Muxtar Babayev, reforçou que o novo mercado de carbono poderá gerar uma economia significativa, reduzindo o custo de implementação dos planos climáticos nacionais em cerca de 250 milhões de dólares por ano.
Para ele, a criação de um mecanismo que conecte oferta e demanda de crédito de carbono é a chave para a redução substancial nos custos, o que será crucial para o sucesso das metas climáticas globais.
Um dos assuntos centrais deste encontro será a definição do novo Objetivo Global de Financiamento Climático (NCQG), que substituirá o compromisso anterior de US$ 100 bilhões anuais de financiamento climático, um compromisso que nunca foi cumprido integralmente pelos países desenvolvidos.
Outro tema relevante da COP29 será o novo Objetivo Global de Adaptação e a implementação de instrumentos de cooperação e mercado, previstos no Artigo 6 do Acordo de Paris, abordando mecanismos que possibilitem maior cooperação entre os países participantes para que atinjam as metas de redução de emissões e adaptação aos impactos das mudanças climáticas nos países emergentes.
Por fim, a presidência azerbaijana da COP29 busca reforçar a mudança justa para uma economia de baixo carbono, destacando a importância de garantir financiamento climático para países em desenvolvimento.
Saiba mais sobre a participação do Brasil no mercado de crédito de carbono em: https://www.brarbo.com.br/cop-29-brasil-financiamento-climatico-mercado-carbono/
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de construiu um futuro melhor.
Feito por Ana Carolina Turessi