O reflorestamento da Amazônia ganha fomento com a iniciativa do governo federal, que visa a regeneração de áreas degradadas através de concessões florestais.

A estratégia governamental será implementada no início de 2025 e tem como objetivo reflorestar a vegetação nativa, ao mesmo tempo em que cria um modelo de negócios verde, onde instituições privadas poderão atuar na recuperação da floresta e, em troca, gerar créditos de carbono e rentabilidade financeira.
A proposta foi elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), e visa a concessão de áreas públicas degradadas para instituições privadas que se comprometam com o reflorestamento e preservação ambiental, englobando as regiões do Acre, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia.
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Empresas que vencerem os leilões de concessão serão responsáveis pelo replantio de vegetação nativa e, em troca, poderão participar da negociação de créditos de carbono gerados pela captura de CO² das florestas regeneradas, integrando questões ambientais com economia para o combate às mudanças climáticas.
Além disso, a criação do mercado regulado de carbono, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabelece um sistema de comércio de emissões de gases de efeito estufa, tornando-se uma estrutura para captar investimentos privados e transformar a restauração da Amazônia em um negócio rentável e sustentável.
O Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que visa restaurar 12 milhões de hectares de vegetação até 2030, é uma meta ousada e essencial para o combate ao desmatamento e às mudanças climáticas, exigindo cooperação continua entre setores privados e públicos, além de conscientização social.
Porém, a regeneração da Amazônia requer não apenas investimento financeiro, mas também a superação de problemas estruturais como a grilagem de terras, o desmatamento ilegal e a pressão do agronegócio sobre as áreas preservadas, sendo necessária uma fiscalização rigorosa sobre tais movimentações.
Em resumo, o plano de regeneração da Amazônia não só busca restaurar a floresta, mas também criar uma economia de baixo carbono que possa gerar impacto positivo tanto ambiental quanto economicamente.
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A transformação de áreas degradadas em florestas regeneradas, através de concessões florestais e programas de reflorestamento, representa uma oportunidade única para empresas e comunidades locais, enquanto o país se compromete a cumprir suas metas climáticas de neutralidade de emissões até 2050.
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi