O setor pecuário australiano enfrenta alguns desafios estratégicos diante das metas globais de descarbonização.

Recentemente, um estudo liderado pelo Instituto de Agricultura da Tasmânia (TIA) analisou os custos reais da transição para emissões líquidas zero, revelando que com combinação certa de estratégias, é possível reduzir significativamente as emissões sem comprometer a lucratividade.
Esse estudo foi motivado por uma pergunta simples de um fazendeiro da Tasmânia que foi, “quanto custaria atingir a neutralidade de carbono?” e acabou evoluindo para uma modelagem aprofundada de práticas agrícolas, tecnologia e soluções naturais.
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Entre as abordagens mais eficazes podemos destacar a introdução de suplementos alimentares antimetanogênicos, o plantio de árvores e a adoção de animais geneticamente mais eficientes na conversão alimentar.
Essas estratégias, quando aplicadas em conjunto, oferecem um caminho economicamente viável para a neutralidade, evitando soluções mais sustentáveis como a compra de créditos de carbono.
Além disso, medidas como diversificação de renda por meio de turbinas eólicas também demonstraram alto retorno financeiro, tornando a sustentabilidade não apenas viável mas atrativa.
No entanto, especialistas alertam que a neutralidade total nas emissões pode ser um objetivo ambicioso demais no curto prazo. Segundo o professor Matthew Harrison, deve estar em progressos consistentes ano após ano, com cada fazenda medindo seu desempenho em relação ao próprio histórico.
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Esse esforço contínuo, apoiado por iniciativas como a Carbon Storage Partnership, coloca a pecuária australiana no caminho de uma transição climática realista e baseada em evidências.
Durante esse período, destaca-se a importância de iniciativas como o Projeto Mejuruá, da BR ARBO, que evidenciam o papel crucial da conservação da floresta amazônica no cumprimento de metas de sustentabilidade. Esses projetos não apenas contribuem para o mercado global de créditos de carbono, como também promovem a preservação de ecossistemas e a transição para uma economia de baixo carbono.