Na Amazônia, a empresa Mombak, com auxílio monetário dos Estados Unidos e parcerias estratégicas com empresas como Google, Microsoft e a equipe McLaren F1, lançou uma iniciativa que visa o reflorestamento na região da Amazônia.

A Mombak, utilizando a técnica de semeadura em rápida sucessão, está plantando milhões de árvores nativas para promover o reflorestamento da floresta amazônica, região que sofre com muita atividade humana ao longo das últimas décadas.
O projeto ocorre em uma conjuntura crucial para o mercado de créditos de carbono, instrumento utilizado pelas empresas para que estas compensem suas emissões de gases poluentes, investindo em projetos de cunho ambiental, como preservação e reflorestamento.
Contudo, o mercado de carbono apresenta uma série de problemáticas, incluindo alegações de falta de qualidade e falsidade no cumprimento de redução de emissões, causando desconfiança e críticas.
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Como contrapartida aos desafios, a iniciativa da Mombak visa, além de restaurar a Amazônia, promover a credibilidade do setor de crédito de carbono, oferecendo uma solução que aposta na biodiversidade, buscando não apenas compensar, mas também gerar um impacto ambiental positivo.
O projeto é ousado, com a meta de plantar até 30 milhões de árvores até 2032, em uma área equivalente a cinco vezes o tamanho da ilha de Manhattan, em Nova York. Como início, a empresa já comprou nove fazendas no estado do Pará, cada uma com uma média de 3.000 hectares de terra.
Esse projeto não é apenas uma ação ambiental, mas também uma oportunidade de negócios no crescente mercado de carbono. Empresas como a Microsoft já assinaram contratos com a Mombak para compensar toneladas de CO2, como o compromisso de compensar 1,5 milhão de toneladas de emissões.
O projeto de reflorestamento da Mombak está consoante às metas globais de redução de emissões, estipuladas no Acordo de Paris, e pode servir de exemplo para outros esforços de restauração ambiental na Amazônia.
O governo do Pará, por exemplo, está investindo em concessões de terras públicas para projetos de reflorestamento, reconhecendo que o Brasil não conseguirá atingir suas metas de redução de emissões apenas com a redução do desmatamento.
Assim, em um momento em que o mercado de carbono enfrenta um cenário de pouca credibilidade, o projeto da Mombak se apresenta como uma tentativa de restaurar a confiança neste setor, essencial para o combate às mudanças climáticas.
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Portanto, contando com o apoio de grandes empresas e iniciativas que buscam compensar suas emissões, o projeto tem o potencial de impulsionar a recuperação da Amazônia e criar um modelo de mercado de carbono mais transparente e eficaz.