A inciativa denominada Pró-Amazônia, financiada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), está ampliando seus esforços para impulsionar o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica.
Com um aporte de R$ 300 milhões, o dobro do inicialmente planejado, o programa busca promover inovação e desenvolvimento econômico.

A suplementação de recursos, viabilizada por um aporte adicional de mais de R$ 2 bilhões planejado pelo Conselho Diretor do FNDCT, permitiu que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) selecionasse 30 projetos além dos 18 previstos inicialmente, abrangendo todos os estados da Amazônia Legal com pelo menos uma proposta sustentável.
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Os centros avançados criados pelo Pró-Amazônia terão como missão desenvolver pesquisas de excelência, além de impacto positivo social. Cada projeto será conduzido por uma rede colaborativa de instituições, liderada por uma entidade sediada na Amazônia Legal.
O projeto prevê ainda que pelo menos três outras instituições privadas da região participem de cada projeto, fomentando a integração científica e tecnológica com financiamento e mais recursos.
Essas redes terão como foco temas essenciais, como recuperação de ecossistemas, biotecnologia, geração de energia renovável, sistemas ambientais sustentáveis, combate às mudanças climáticas, valorização de costumes tradicionais, gestão de recursos hídricos, saúde da comunidade amazônica e tecnologias sociais.
A Amazônia Legal, que ocupa 61% do território brasileiro, possui desafios únicos devido à sua vasta extensão, baixa densidade populacional e diversidade cultural e ambiental. Sendo assim, o programa busca criar oportunidades de capacitação e reduzir desigualdades regionais.
Os centros avançados irão contribuir para o desenvolvimento de ciência e tecnologia local, estimular a qualificação da mão-de-obra e criar soluções inovadoras para os desafios socioeconômicos e ambientais da região.
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A chamada pública foi organizada em duas estruturas: apoio a grupos emergentes, com valores entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões por projeto e fomento a grupos consolidados, com recursos de até R$ 15 milhões por iniciativa.
Essa abordagem visa equilibrar o desenvolvimento de novas capacidades científicas com o fortalecimento de estruturas já existentes, garantindo um impacto eficaz e sustentável, além de ser inclusivo.
Ao priorizar temas como energia limpa e investir no bem-estar das comunidades locais, o Pró-Amazônia se posiciona como uma iniciativa transformadora, capaz de alavancar o potencial científico e social da região.
Este investimento representa um passo significativo para monitorar o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, colocando a Amazônia como protagonista de soluções globais para os desafios climáticos e desenvolvimento sustentável da nação.
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi