A crescente rivalidade comercial entre os Estados Unidos e a China tem implicações sérias para a transição verde nestas nações, fundamental para evitar o agravamento das mudanças climáticas.

As recentes políticas comerciais dos EUA, como novas tarifas e restrições à exportação de tecnologias avançadas, e a resposta da China, com medidas protecionistas de proibição de exportação de minerais essenciais para a produção de semicondutores e baterias, podem prejudicar o desenvolvimento de soluções de energia limpa nestes dois polos econômicos globais.
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A China, que lidera a produção de tecnologias verdes, como células fotovoltaicas e veículos elétricos, é ponto chave para a transição energética verde global. Contudo, as crescentes tensões comerciais podem desacelerar o progresso nesse setor, já que a colaboração internacional é vital para impulsionar a descarbonização.
Como as terras chinesas tem minerais essenciais para a fabricação de componentes de energia limpa, como o grafite, tais restrições podem afetar a produção de baterias e outros produtos essenciais para a energia renovável.
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A intensificação da rivalidade geopolítica e econômica entre os EUA e a China pode agravar ainda mais os desafios da transição energética, uma vez que a competição entre grandes potências tende a desviar tais recursos fundamentais para o alcanço de metas climáticas e atrasar o desenvolvimento de tecnologias verde.
A cooperação internacional, com ênfase na transição verde, seria o melhor caminho, mas a atual dinâmica geopolítica torna essa cooperação cada vez mais improvável.
Portanto, caso os EUA e a China não conseguirem superar suas diferenças, o atraso na transição energética será inevitável, dificultando os esforços globais para combater as mudanças climáticas.
O futuro da economia verde depende de um novo entendimento entre as potências, mas a crescente tensão coloca esse futuro em risco.
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis e mitigar mudanças climáticas, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi