Em uma ação da Polícia Federal, três pessoas foram presas por envolvimento em um esquema de fraudes no crédito rural e desmatamento ilegal na Amazônia.
A operação, denominada Trapaça, foi realizada nos estados do Pará, Mato Grosso e Goiás, e teve como foco uma empresa de regularização fundiária que falsificava documentos para solicitar crédito rural.
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Desmatamento e corrupção interligados
De acordo com as investigações, o dinheiro obtido com as fraudes era utilizado para explorar áreas ilegalmente desmatadas, totalizando cerca de cinco mil hectares de floresta destruída.
Além disso, servidores de secretarias de Meio Ambiente e órgãos fundiários recebiam propina para facilitar o esquema.
Durante a operação, além das três prisões, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão. A justiça também determinou o bloqueio de R$ 100 milhões em bens dos envolvidos e o afastamento de seis servidores públicos.
A empresa envolvida no esquema foi proibida de operar no mercado, e a agência bancária que concedeu o crédito rural irregular teve suas operações suspensas.
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Impacto e soluções sustentáveis na Amazônia
Esses crimes evidenciam a complexidade do desmatamento na Amazônia, que muitas vezes é impulsionado por práticas fraudulentas no setor financeiro.
Iniciativas como o Projeto Mejuruá, da BR ARBO, atuam na contramão dessas atividades, promovendo a restauração florestal e a gestão sustentável dos recursos naturais.
O projeto integra a conservação ambiental com mecanismos de compensação, como os créditos de carbono, oferecendo uma alternativa sustentável para a preservação da Amazônia.
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Por Ana Carolina Ávila