COP29 autoriza novas normas para impulsionar a demanda por mercados voluntários de carbono
A Conferência das Partes (COP) 29, sediada em Baku, Azerbaijão, promoveu um importante avanço para os mercados internacionais de carbono, com a aprovação de novos padrões, objetivando o aumento da confiança e credibilidade do setor, principalmente os voluntários.

Tal aplicação trouxe expectativa por parte de bancos e especialistas da indústria, que veem a medida como uma forma de tornar o carbono uma classe de ativos mais atrativa para o investimento.
Essas normas são baseados no Artigo 6 do Acordo de Paris e estabelecem uma referência padronizada para a qualidade dos créditos de carbono, o que facilita a participação de instituições privadas neste mercado.
A ideia é que, com isso, os créditos de carbono ganhem mais popularidade e aumentem sua rentabilidade, chamando a atenção de cada vez mais investidores para aumentar a entrada de capital privado, especialmente em mercados emergentes.
Isso seria um enorme recurso para o financiamento climático em países onde a acessibilidade ao caixa monetário é escassa.
No entanto, ainda há apontamentos que trazem um aspecto negativo ao projeto, como a necessidade de mais rigor nas regras de governança do mercado, que ainda precisam ser abordadas.
Além disso, há preocupações com a “reversão” de carbono, ou seja, a possibilidade de o carbono ser liberado de volta para a atmosfera, além de questões de impacto social e ambiental.
Embora os detalhes ainda precisem de reparos, o consenso geral entre os bancos é que esses padrões poderão aumentar a demanda por créditos de carbono, o que deve levar a preços mais altos e a uma maior participação do setor privado.
Saiba mais sobre mercados internacionais de carbono
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de construir um futuro melhor com energias renováveis.
Ana Carolina Turessi