USAID investe em Desenvolvimento Sustentável da Amazônia

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) anunciou recentemente um investimento substancial de 21 milhões de dólares para apoiar a implementação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI) na Amazônia brasileira. Dos dois projetos recém-lançados, “Nossa Terra, Nossa Mãe” e “Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental”, que foram desenvolvidos em conjunto com associações indígenas e organizações parceiras, recebem o financiamento.

A proteção, restauração, conservação e manejo sustentável das terras indígenas, bem como a implementação de medidas climáticas e o bem-estar das comunidades nos estados do Amazonas, Maranhão, Pará, Tocantins e Roraima, são os objetivos destas iniciativas.

A USAID é uma das principais agências de cooperação internacional que trabalha para salvar vidas, diminuir a pobreza, defender os direitos humanos e fortalecer as sociedades em seus países de origem. No Brasil, quando se trata de promover o desenvolvimento sustentável, a agência prioriza questões ambientais e de saúde.

Mark Carrato, diretor da USAID no Brasil, enfatizou o valor dessa colaboração com as comunidades indígenas, enfatizando o compromisso da agência em proteger a floresta amazônica. Ele afirmou que os projetos “Nossa Terra, Nossa Mãe” e “Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental” têm como objetivo promover uma gestão sustentável das terras, incorporando comunidade, conservação e cultura.

Essas iniciativas são uma continuação da colaboração de longa data entre o Brasil e os Estados Unidos, que remonta a um século. Diversas entidades e órgãos governamentais, incluindo a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI), participam desta iniciativa.

Projetos que preservam a Amazônia

O projeto “Nossa Terra, Nossa Mãe” foi desenvolvido pela comunidade indígena Pedra Preta, visa preservar e valorizar o desenvolvimento sustentável da área, além de fortalecer a autonomia e a estrutura social da comunidade. Por meio da preservação de sementes, é assegurado a segurança alimentar, a preservação da cultura e o desenvolvimento sustentável nas terras indígenas, especialmente na comunidade Pedra Preta.

Saiba mais: Projeto “Nossa Terra, Nossa Mãe”

Por outro lado, “Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental” , tem como objetivo ajudar a proteger, preservar e restaurar as florestas em 14 terras indígenas nos estados do Maranhão, Pará e Tocantins. O projeto fortalece iniciativas de gestão territorial comunitária e apoia redes locais e alianças para proteger os direitos indígenas e preservar a biodiversidade de seus territórios.

As iniciativas incluem o desenvolvimento e implementação de planos de gestão territorial e ambiental, a formação de jovens comunicadores indígenas para a comunicação comunitária, o fomento de iniciativas comunitárias e familiares, a promoção da conservação e restauração ambiental, a agricultura tradicional e a segurança alimentar, bem como o fortalecimento do movimento indígena regional, incluindo iniciativas centradas no gênero.

Saiba mais: Funai reforça compromisso com a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas

Além dos projetos mencionados, a iniciativa privada se demonstra engajada na proteção da Amazônia. Um exemplo disso é a BR ARBO, que possui um projeto que pretende preservar uma região de mais de 9.000 hectares. A ação por parte da empresa demonstra que o desenvolvimento econômico e sustentável fomentam um ao outro.

Crescimento da demanda de investimentos verdes no Brasil

Nos dias de hoje, os investidores notaram a alta rentabilidade dos investimentos verdes. E a necessidade de proteção da Amazônia.

Esses investimentos podem ser compreendidos como o aumento do nível de fluxos financeiros de diferentes setores em direção ao desenvolvimento sustentável. 

O Projeto Mejúrua é um exemplo de finanças verdes.

Ao mesmo tempo que será preservado parte do território Amazônico, pretende-se conciliar o desenvolvimento sustentável com o econômico.

O projeto da BR ARBO, criado pelo empresário Gaetano Buglisi, irá gerar emprego para as comunidades locais e vender créditos de descarbonização.

Essa preocupação com a sustentabilidade indica que cada vez mais o mercado está buscando lucrar com atividades mais sustentáveis. Espera-se que as finanças verdes cresçam ainda mais nos próximos anos.

Por Ana Carolina Ávila

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