O recente anúncio feito pelo governador Wilson Lima sobre a aprovação de novas propostas de projetos privados de REDD+ (Redução de Emissões Provenientes do Desmatamento e da Degradação Florestal) representa um avanço no contexto ambiental do Estado do Amazonas. Esses projetos serão executados em 21 Unidades de Conservação (UC) estaduais e têm o potencial de gerar mais de R$ 8 bilhões em créditos de carbono.
O anúncio representa não apenas uma conquista para a conservação ambiental, mas também uma chance de promover o desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida das comunidades locais.
Após uma análise de 57 propostas de projetos REDD+, essas propostas foram selecionadas por meio de um edital lançado em junho de 2023. Das propostas recebidas, 21 foram aprovadas, o que constituiu um avanço significativo para o Estado do Amazonas. É a primeira vez que os resultados tangíveis da comercialização de créditos de carbono são obtidos na região. Isso mostra o compromisso do estado em desenvolver novas maneiras de lidar com os problemas ambientais e climáticos.
Esses projetos diferem dos outros pelo fato de se concentrarem não apenas na conservação ambiental, mas também na resolução de problemas sociais que afetam as comunidades locais. O governador Wilson Lima enfatizou que esses projetos estão ligados a indicadores sociais e visam resolver questões comuns como água potável, energia elétrica e acesso à internet. Isso demonstra uma abordagem integrada e abrangente para a gestão ambiental que reconhece a conexão entre a saúde dos ecossistemas e o bem-estar humano.
Os projetos aprovados devem produzir créditos superiores a 163 milhões de toneladas de carbono equivalente (tCO2e) em um período de 30 anos. A empresa que vencer o processo venderá esses créditos, gerando um grande dinheiro para o estado e para as comunidades locais envolvidas. Além disso, 8.050 famílias em 483 comunidades serão diretamente beneficiadas pelos projetos, que promovem o desenvolvimento sustentável e melhoram a qualidade de vida das pessoas na área.
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É importante destacar que esses empreendimentos ajudarão a preservar a biodiversidade e os ecossistemas da Amazônia, bem como a reduzir as consequências das mudanças climáticas. A degradação e o desmatamento das florestas são responsáveis por uma parte significativa das emissões de gases de efeito estufa na região. Portanto, a implementação de projetos de REDD+ pode ajudar a reduzir essas emissões e contribuir para os esforços de combate às mudanças climáticas em todo o mundo.
Créditos de Carbono contribuem para um desenvolvimento sustentável
Restauração florestal, turismo de base comunitária, bioeconomia e apoio às cadeias produtivas locais, como agricultura familiar e manejo de recursos naturais, estão entre as atividades que serão contempladas nos projetos. Além de promover a conservação ambiental, essas ações ajudarão a combater a pobreza e promover o desenvolvimento econômico sustentável, oferecendo às comunidades locais oportunidades de emprego e renda.
Esses projetos gerarão muitos recursos, que serão diretamente investidos nas Unidades de Conservação onde foram implementados. Isso garante que os projetos beneficiam diretamente as comunidades locais e que os recursos sejam usados de forma eficaz para melhorar a qualidade de vida dos residentes da área.
Essas iniciativas são um passo significativo no esforço do Estado do Amazonas para promover a conservação ambiental e combater as mudanças climáticas. Esses projetos demonstram um verdadeiro compromisso com o desenvolvimento sustentável e a proteção do meio ambiente na região amazônica, focando na geração de créditos de carbono e na melhoria das condições de vida das comunidades locais.
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A situação atual de emergência climática e a crescente pressão sobre os ecossistemas da Amazônia, é hora de realizar esses projetos. Esses projetos podem ajudar o Brasil a cumprir seus compromissos internacionais de redução de emissões e contribuir para os esforços globais de combate às mudanças climáticas quando a COP 30 chegar a Belém.
A BR ARBO também contribuirá para reduzir as emissões de CO2, com seu projeto de captura de carbono, a partir de uma grande reserva na Amazônia.
O Estado do Amazonas tem uma oportunidade única de melhorar a conservação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida das comunidades locais com a aprovação desses projetos REDD+. É um avanço significativo na direção correta e ilustra o papel importante que os estados podem desempenhar na luta contra as mudanças climáticas e na construção de um futuro mais sustentável para todos.
Crescimento da demanda de investimentos verdes no Brasil
No Brasil os investidores notaram a alta rentabilidade dos investimentos verdes. Dessa maneira, se pode perceber uma crescente demanda por projetos REDD+, o que leva o país em direção ao desenvolvimento sustentável.
O Projeto Mejúrua é um exemplo de finanças verdes.
Ao mesmo tempo que será preservado parte do território Amazônico, pretende-se conciliar o desenvolvimento sustentável com o econômico.
O projeto da BR ARBO, criado pelo empresário Gaetano Buglisi, irá gerar emprego para as comunidades locais e vender créditos de descarbonização.
Essa preocupação com a sustentabilidade indica que cada vez mais o mercado está buscando lucrar com atividades mais sustentáveis. Espera-se que as finanças verdes cresçam ainda mais nos próximos anos.
Por Ana Carolina Ávila
