Países árabes investem em infraestrutura para captura de carbono

Países árabes investem em infraestrutura para captura de carbono
Países árabes investem em infraestrutura para captura de carbono

O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) está realizando grandes investimentos em infraestrutura para tecnologias de captura de carbono.

Países árabes investem em infraestrutura para captura de carbono
Países árabes investem em infraestrutura para captura de carbono

O Catar inaugurou recentemente uma instalação de captura de carbono no Gás Natural Liquefeito Ras Laffan. Essa infraestrutura será capaz capturar de para 2,2 milhões de toneladas de carbono por ano.

Além disso, em parceria com a General Electric, o Catar pretende aumentar sua capacidade de captura e armazenamento de carbono para 11 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2035.

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A região do Golfo Pérsico está localizada entre o Irã e a Península Arábica, ele é considerado como um “braço do mar” da Arábia. Os países banhados pelo Golfo são: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar, Bahrein, Kuwait, Iraque e Irã.

A região está cada vez mais reconhecendo a importância no combate as mudanças climáticas, investindo em pesquisas e tecnologias capazes de preservar o meio ambiente.

Captura de carbono é fundamental para reduzir emissões de CO2

captura e armazenamento de carbono (CCS) é uma tecnologia que tem como objetivo diminuir as emissões de CO2 na atmosfera. Ela pode capturar até 90% das emissões que são capturadas no mundo.

Se todos os projetos de Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono (CCUS) em preparação forem concluídos, a capacidade de captura de CO2 aumentará significativamente até 2030.

Isso contribuirá significativamente para as metas globais de redução de emissões, de acordo com a Agência Internacional de Energia.

Além disso, a Arábia Saudita está construindo fábricas de tecnologia CCS com uma capacidade de 8,4 GW para atingir seu objetivo de reduzir as emissões de carbono em 278 milhões de toneladas por ano até 2030.

O Mercado Financeiro do Dubai (DFM) iniciou uma plataforma piloto de negociação de créditos de carbono no setor financeiro em dezembro de 2023 com o objetivo de ultrapassar os 50 bilhões de dólares até 2030.

Em conformidade com a estratégia nacional de alcançar emissões líquidas zero até 2050, a Autoridade Ambiental de Omã lançou o Oman Blue Carbon Project em parceria com a MSA Green Projects em 2023.

O objetivo desta iniciativa é plantar 100 milhões de árvores de mangue em todo o sultanato. Isso reduziria significativamente as emissões de CO2 e poderia também resultar em ganhos financeiros com créditos de carbono.

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Nesse sentido, o aumento de investimento da países do Golfo Pérsico em tecnologias de captura de carbono, significa um ótimo cenário para o desenvolvimento de uma economia verde e responsável com o meio ambiente. Futuramente, essa conexão de desenvolvimento econômico e sustentável pode inspirar outros países a seguirem essa direção.

Projeto BR ARBO junta reflorestamento e mercado de créditos de carbono

Os créditos de carbono acabam gerando títulos verdes, que podem ser transacionados nos mercados internacionais. Um dos exemplos desse tipo de atividade no Brasil é a do projeto BR ARBO na Amazônia, liderado pelo empresário Gaetano Buglisi.

Com uma área de 903 mil hectares (9030 km²), três vezes ao tamanho de Hong Kong, o projeto visa preservar a floresta Amazônica para a criação de créditos de carbono.

Por Ana Carolina Ávila

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