Revisão do Padrão Net Zero na SBTi

Atualmente, a Science Based Targets (SBTi) está realizando uma análise abrangente sobre a capacidade dos créditos de carbono de compensarem as emissões da cadeia de abastecimento empresarial. O caminho a seguir para a revisão do padrão será determinado por esses resultados do análise e pelas contribuições que ainda estão sendo feitas pela consulta pública.

O processo de revisão e atualização dos padrões de emissões líquidas zero da empresa pela iniciativa SBTi gera muita discussão e preocupações entre as partes interessadas. O ponto fundamental da discussão e que tem gerado opiniões divergentes é o Escopo 3.Dessa maneira, estão requerendo uma  flexibilização das regras que permitiria que as empresas usassem compensações de carbono mais extensivamente para abordar as emissões de suas cadeias de abastecimento.

O Corporate Net Zero Standard está sendo revisado e atualizado com o SBTi. Este padrão estabelece os critérios pelas quais as empresas podem obter a validação do SBTi para suas metas climáticas, alinhadas com a meta de 1,5°C estabelecida do Acordo de Paris.

Contudo,  a decisão inicial do conselho da SBTi de considerar mudanças nas regras provocou uma reação forte de vários grupos que defendem o meio ambiente e levou a uma rebelião dentro da organização. Os funcionários da organização acusaram o conselho de agir demais e não seguir o processo oficial de revisão dos padrões.

Divergências sobre os créditos de carbono na SBTi

A questão das compensações de carbono para lidar com as emissões de Escopo 3 é o resultado de preocupações mais amplas sobre a legitimidade das metas climáticas corporativas e a função dos créditos de carbono nesse contexto.

Alguns defendem que os créditos de carbono de alta qualidade podem desempenhar um papel significativo na transição para uma economia de baixo carbono. Outros questionam sua eficácia e credibilidade, destacando preocupações sobre a compensação real das emissões e o desvio de atenção dos esforços para reduzir as emissões na fonte.

Entretanto, há divergências sobre o que os créditos de carbono significam. Alguns defendem que os créditos de carbono podem ser necessários para atingir as emissões líquidas zero (net zero) das empresas. Por outro lado, outros questionam sua legitimidade e dizem que podem comprometer as metas aprovadas pela SBTi.

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Como resultado, o próximo desafio é determinar o método pelo qual a SBTi será capaz de harmonizar essas perspectivas divergentes e estabelecer um padrão que seja claro, firme e amplamente aceito pelas partes interessadas. A revisão em andamento será muito importante para definir as metas climáticas futuras das empresas e como lidar com as emissões de carbono em toda a cadeia de suprimentos empresarial.

Crescimento da demanda de investimentos verdes no Brasil

No Brasil a demanda por investimentos verdes, indica uma maior preocupação por soluções que respeitem o meio ambiente.

Ela pode ser compreendida como o aumento do nível de fluxos financeiros de diferentes setores em direção ao desenvolvimento sustentável. 

O Projeto Mejúrua é um exemplo de finanças verdes.

Ao mesmo tempo que será preservado parte do território Amazônico, pretende-se conciliar o desenvolvimento sustentável com o econômico.

O projeto da BR ARBO, criado pelo empresário Gaetano Buglisi, irá gerar emprego para as comunidades locais e vender créditos de descarbonização.

Essa preocupação com a sustentabilidade indica que cada vez mais o mercado está buscando lucrar com atividades mais sustentáveis. Espera-se que as finanças verdes cresçam ainda mais nos próximos anos.

Por Ana Carolina Ávila

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