Segundo um novo estudo publicado na revista Nature, em comparação com outras soluções climáticas baseadas na natureza, os créditos de carbono florestais são mais eficazes. Ao longo dos últimos anos, os créditos de carbono para comunidades florestais foram alvo de críticas devido a resultados inconsistentes e falhas na proteção das comunidades florestais.
No entanto, este estudo destaca que os créditos têm base científica sólida.
No contexto do combate às mudanças climáticas, o crédito de carbono é uma ferramenta essencial. Funciona como um mecanismo de mercado que atribui um valor monetário às reduções de emissões de gases de efeito estufa (GEE), como CO2, alcançadas por projetos ou atividades específicas.
Embora existam vários tipos de créditos de carbono, eles geralmente concedem créditos a projetos que demonstram reduções verificadas de emissões de GEE em comparação com um cenário de referência.
Então, empresas, governos ou indivíduos podem comprar e usar esses créditos para compensar suas emissões de carbono. Isso estimula o desenvolvimento de projetos globais de baixo carbono e cria incentivos monetários para a redução das emissões.
Uma forma particular de crédito de carbono é conhecida como créditos de carbono florestais, que se concentram na preservação e manejo sustentável das florestas. Além de promover o reflorestamento e a restauração de ecossistemas florestais degradados, esses projetos têm como objetivo reduzir ou evitar a emissão de CO2 resultante do desmatamento e da degradação florestal.
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Esses projetos contribuem para a remoção de CO2 da atmosfera, ajudando a mitigar o aquecimento global, ao preservar ou expandir a cobertura florestal.
O estudo foi conduzido por 27 cientistas de onze organizações, incluindo o Fundo de Defesa Ambiental (EDF), a Nature Conservancy (TNC) e a Universidade de Columbia.
Eles chegaram à conclusão de que quatro soluções principais baseadas em florestas têm uma base científica sólida para reduzir o impacto do aquecimento global. A preservação e o reflorestamento de florestas temperadas e tropicais estão entre essas soluções.
No entanto, outras soluções climáticas baseadas na natureza requerem mais pesquisas para obter uma compreensão completa de seus efeitos ambientais. Por exemplo, soluções como a perturbação evitada dos fundos marinhos ainda causam dúvidas científicas em todo o mundo e exigem mais pesquisas.
O estudo enfatiza a necessidade de uma análise científica abrangente para direcionar a ação climática. Embora algumas soluções, como o intemperismo aprimorado das rochas e a remoção de carbono do biochar, demonstrem potencial, ainda há muitos problemas importantes sobre os efeitos que eles têm no meio ambiente que precisam de pesquisas adicionais.
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Apesar dessas dúvidas, a maioria dos investimentos nos mercados de carbono está concentrada em soluções com base científica sólida, principalmente em créditos baseados em atividades florestais.
Os pesquisadores enfatizam o uso de todas as ferramentas disponíveis para enfrentar a crise climática, incluindo soluções baseadas em tecnologia e naturais.
Créditos de carbono florestais se destacam
Os créditos de carbono florestais promovem o desenvolvimento sustentável e a conservação dos ecossistemas florestais, desempenhando um papel importante na mitigação das mudanças climáticas.
Pensando nisso, a BR ARBO entra nesse mercado, com o objetivo de conservar uma grande região na floresta amazônica.
Por Ana Carolina Ávila
