Bioeconomia na Amazônia pode gerar renda e combater a pobreza

Em maio, ocorreu o seminário “Bioeconomia e Sociobiodiversidade Amazônica”, coordenado pelo IICA e integrado nas discussões do G20, como pauta, foi discutido a bioeconomia como ferramenta integradora para os países amazônicos.

A bioeconomia é vista como um caminho possível para a integração dos países da Pan-Amazônia, com o objetivo de acelerar o crescimento econômico e lidar com questões sociais como a pobreza.

Silvia Massruhá, presidente da Embrapa, enfatizou o trabalho das nove unidades da organização na Amazônia Legal e enfatizou a abordagem da bioeconomia que se baseia em três pilares: sociobioeconomia, bioeconomia de base florestal e agrobioeconomia.

Ana Euler, diretora de negócios da Embrapa, enfatizou a capacidade do sociobiodiversidade de aumentar o valor da bioeconomia na área.

Euler salientou that cada nação amazônica tem uma vocação única na bioeconomia e que é importante levar em consideração as variedade de realidades e diversidades que existem na Amazônia.

Além disso, foi enfatizado que a colaboração entre instituições públicas e privadas é vital, bem como a necessidade de políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável.

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Problemas e Soluções para a bioeconomia

O Brasil tem muita biodiversidade, mas enfrenta muitos desafios ao implementar políticas públicas voltadas para a bioeconomia.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário determinou que as cadeias da sociobioeconomia do Amazônia devem ser incorporadas ao crédito agrícola, bem como promover a assistência técnica e a extensão rural pública.

Ana Euler enfatizou a participação das comunidades locais, a valorização do território e o investimento em pesquisa e inovação.

Além disso, foi destacado que o desenvolvimento local sustentável requer parcerias locais e investimentos em políticas públicas.

Ao investir em pesquisa e inovação, fortalecer parcerias locais e valorizar o conhecimento tradicional, a Embrapa está comprometida em superar os obstáculos da bioeconomia na Amazônia.

Um caminho promissor para o desenvolvimento sustentável da Amazônia é a agregação de valor às cadeias produtivas, combinada com preservação ambiental e inclusão social.

A Amazônia tem um enorme potencial para impulsionar a bioeconomia e gerar renda para as populações locais, devido à sua matriz energética renovável e recursos naturais abundantes.

Para que o potencial seja totalmente aproveitado, é fundamental que os investimentos privados e as políticas públicas estejam alinhadas com os princípios de inclusão social e sustentabilidade.

Ao fornecer incentivos fiscais, investir em infraestrutura e apoiar iniciativas de pesquisa e desenvolvimento, os governos das nações amazônicas desempenham um papel importante na promoção da bioeconomia.

Além disso, a sociedade civil desempenha um papel significativo na promoção de práticas sustentáveis e na conscientização da importância da preservação ambiental.

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Uma Bioeconomia Sustentável para a Amazônia

Embora haja exemplos de sucesso na promoção da bioeconomia na Amazônia, como o uso sustentável de recursos naturais para a produção de cosméticos e produtos alimentícios, ainda existem grandes obstáculos a serem resolvidos.

Os empreendedores locais enfrentam uma série de desafios, incluindo uma burocracia excessiva, a falta de infraestrutura e a falta de acesso a crédito.

A bioeconomia oferece uma oportunidade única de promover simultaneamente o desenvolvimento econômico e social da Amazônia, preservando simultaneamente o meio ambiente e lutando contra a pobreza.

Para que isso seja alcançado, os governos, as organizações civis e o setor privado devem trabalhar juntos e priorizar a sustentabilidade e a inclusão social por meio de políticas e investimentos

Nesse sentido, o projeto Mejuruá da BR ARBO contribui para uma economia mais consciente.

Isso se deve ao fato que o projeto de créditos de carbono, além de capturar CO2 da atmosfera, também gera renda para a comunidade local.

Demonstrando que a bioeconomia pode se tornar uma ferramenta poderosa para o bem-estar das comunidades amazônicas e para a preservação da maior floresta tropical do mundo.

Por Ana Carolina Ávila

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