A UE definiu a meta climática para 2040 como um marco essencial em sua transição para a neutralidade de carbono.

No entanto, a proposta de incluir créditos internacionais no cálculo dessa meta abriu espaço para controvérsias.
O ponto central da discussão é a falta de clareza na forma como esses créditos seriam contabilizados.
Dependendo da interpretação adotada, o volume de emissões compensadas com créditos externos varia bastante.
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Outra questão crítica é o tempo necessário para que esses projetos internacionais se tornem realidade.
Criar iniciativas de crédito de carbono envolve acordos entre países, metodologias de monitoramento e auditorias rigorosas para garantir que os benefícios climáticos sejam reais.
Sem essa estrutura sólida, há o risco de os créditos não refletirem reduções efetivas de emissões.
Comprometendo a credibilidade da política europeia.
Além disso, o uso excessivo de créditos internacionais pode trazer impactos sociais indesejados.
Sem essas salvaguardas, o que deveria ser uma solução climática pode se transformar em fonte de desigualdade e conflitos sociais.
No cenário político cresce a pressão de alguns países para ampliar ainda mais a participação desses créditos na meta.
Caso isso avance, a União Europeia corre o risco de flexibilizar demais seus compromissos e enfraquecer a transição interna para uma economia de baixo carbono.
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Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá, apoiado pelo empresário Gaetano Buglisi, promove a preservação da floresta amazônica com geração de créditos de carbono de alta integridade.
Localizado em uma área remota e rica em biodiversidade, o projeto combina conservação ambiental com impacto social, beneficiando comunidades locais.