A Austrália está testemunhando um aumento significativo nas atividades do mercado de carbono, especialmente após a recente reforma em sua política de redução de emissões.
Com um compromisso de reduzir suas emissões em 43% abaixo dos níveis de 2005 até 2030 e atingir emissões líquidas zero até 2050, o Australian Carbon Credit Unit (ACCU) Scheme foi implementado para facilitar essa meta.
Este sistema voluntário permite que projetos que evitam ou removem gases de efeito estufa sejam creditados com ACCUs, promovendo práticas sustentáveis.
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Demanda em Alta por Créditos de Carbono do mercado de carbono Australiano
As reformas introduzidas em 2023, incluindo uma taxa de declínio da linha de base, visam estimular a redução das emissões nas instalações que emitem mais de 100.000 toneladas de dióxido de carbono equivalente por ano.
Essas mudanças já resultaram em um aumento na demanda por ACCUs, com quase 900.000 ACCUs cancelados apenas no primeiro trimestre de 2024 para atender aos requisitos de salvaguarda, um crescimento notável em comparação com anos anteriores.
À medida que as políticas de carbono da Austrália evoluem, a necessidade de soluções de gerenciamento de risco se torna cada vez mais evidente.
Em resposta a essa demanda, o CME Group lançou futuros da CBL Australian Carbon Credit Unit (ACCU) na NYMEX em outubro de 2024.
Esses contratos permitem que empresas e instalações gerenciem suas exposições ao preço dos ACCUs de maneira eficiente.
Oferecendo uma ferramenta crucial para o planejamento financeiro de longo prazo em um mercado em rápida mudança.
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Integração com Projetos Sustentáveis como o Mejuruá
Neste cenário de crescimento do mercado de carbono, iniciativas como o Projeto Mejuruá, da BR ARBO, se destacam.
O Mejuruá não apenas contribui para a restauração de ecossistemas, mas também gera créditos de carbono legítimos que podem ser integrados ao ACCU Scheme.
Ao focar em práticas de reflorestamento e recuperação ambiental, o projeto exemplifica como as ações locais podem alinhar-se com os objetivos globais de redução de emissões, beneficiando tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais.
Essa sinergia entre políticas de carbono e projetos sustentáveis é fundamental para garantir um futuro mais verde e sustentável para todos.
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Por Ana Carolina Ávila