Mercado de carbono segue firme apesar da instabilidade política

Mesmo após a eleição presidencial nos Estados Unidos, o interesse por créditos de carbono continua forte.

As empresas estão abandonando compensações e declarações de neutralidade de carbono e migrando para a remoção de carbono.
As empresas estão abandonando compensações e declarações de neutralidade de carbono e migrando para a remoção de carbono.

Um relatório da plataforma Patch mostrou que mais empresas compraram créditos de carbono nos cinco meses após a eleição do que no mesmo período do ano anterior. Isso mostra que muitas companhias seguem comprometidas com suas metas climáticas de longo prazo independentemente das mudanças políticas.

E apesar de mais empresas estarem ativas nesse mercado, o volume total de créditos de carbono “aposentados” ( usados para compensar emissões) caiu em comparação ao fim de 2023 e início de 2024.

Segundo o relatório, essa redução não está ligada a uma política mas sim a novas orientações reguladoras do setor. Mesmo assim, os compradores seguem se preparando para cumprir suas metas futuras.

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Empresas como a Autodesk, por exemplo, já têm metas de descarbonização bem definidas para os próximos 10 anos. Segundo seus representantes, aumentar gradualmente a compra de créditos de remoção de carbono é uma forma prática e realista de atingir essas metas.

Outros líderes do setor, como o CEO da Patch, também destacam que não é possível alcançar emissões líquidas zero sem investir na remoção de carbono desde já.

A atividade no mercado voluntário de carbono mostra que muitas empresas seguem firmes em suas metas climáticas, mesmo diante de mudanças políticas. Segundo a Patch, esse mercado reage rapidamente a mudanças estratégicas, e a continuidade das compras sinaliza compromisso de longo prazo.

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Essa queda recente nas aposentadorias de créditos pode ser explicada por novas diretrizes que orientam as empresas a usarem os créditos como contribuição a ação climática, sem neutralização. Além disso, há um movimento de preparação gradual para metas até 2030, com foco em garantir créditos para o futuro.

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