À medida que a economia global avança na direção da descarbonização, os mercados de carbono ganham destaque como um tema promissor para investidores.

A combinação da pressão regulatória crescente, compromissos voluntários de empresas e maior conscientização pública impulsiona a valorização do carbono e dos instrumentos financeiros ligados a ele.
Assim, investidores que buscam crescimento alinhado à sustentabilidade passam a enxergar esses mercados como proteção contra riscos climáticos e oportunidade de retorno.
Os mercados de carbono funcionam precificando as emissões de gases de efeito estufa, criando incentivos econômicos para sua redução.
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Eles se dividem em dois principais tipos: os mercados de conformidade, regulados por governos, como o Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia, que impõem limites obrigatórios; e os mercados voluntários, onde empresas compram créditos para compensar suas emissões de forma voluntária, com projetos que envolvem reflorestamento, energia limpa e captura de carbono, entre outros.
Para se expor a esses mercados, investidores contam com diferentes instrumentos, como ETFs que acompanham futuros de créditos, fundos dedicados a créditos voluntários ou a soluções naturais, investimentos diretos em projetos sustentáveis e derivativos para proteção ou especulação.
Um exemplo é a Bursa Carbon Exchange, a primeira bolsa de carbono do mundo compatível com as normas Sharia, que facilita negociações transparentes e apoia metas de zero emissões.
Os mercados de carbono representam uma oportunidade estratégica para investidores, dada a demanda estrutural crescente por créditos, o suporte regulatório global e seu potencial de diversificação em portfólios ESG.
Apesar dos riscos, como volatilidade e incertezas regulatórias, a tendência é que esses mercados se consolidem como peça-chave para a política climática e investimentos sustentáveis, impulsionando uma transição ativa e eficiente para uma economia de baixo carbono.
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Dessa forma, projetos como o Mejuruá, da BR ARBO, reforçam o papel estratégico da floresta amazônica na promoção da sustentabilidade e no avanço do mercado internacional de créditos de carbono por meio da conservação ambiental.