Sendo considerado o setor mais sustentável do mundo, o agronegócio torna-se protagonista no novo mercado voluntário de créditos de carbono, regulado recentemente pela Câmara dos Deputados.
Assim, o Brasil deu passo significativo na luta contra as mudanças climáticas com a sanção do projeto de lei que regula o mercado de carbono, posicionando o país como líder mundial na produção de energia limpa e no mercado.

O Que é o Mercado de Carbono?
O mercado de carbono é um sistema de negociações que permite que empresas e setores com emissões de carbono façam compensações para atingir suas metas de redução de gases de efeito estufa (GEE).
O modelo adotado no Brasil, conhecido como Cap and Trade, estabelece limites máximos de emissões para agentes regulados. Empresas que emitem menos do que suas cotas podem vender seus créditos excedentes para outras que precisam compensar suas emissões.
Assim, o Brasil deu passo significativo na luta contra as mudanças climáticas com a sanção do projeto de lei que regula o mercado de carbono, posicionando o país como líder mundial na produção de energia limpa e no mercado de crédito de carbono.
Saiba mais: Regulação do mercado de carbono no Brasil
O Agronegócio como protagonista no mercado
Segundo Albenir Querubini, advogado e especialista em agronegócio, este setor é o mais sustentável do mundo. Por esse motivo, o agro não foi incluído diretamente no mercado regulado de carbono, mas suas práticas ambientais o fazem essencial no mercado voluntário.
O agronegócio brasileiro se destaca como um grande gerador de serviços ambientais devido a práticas como a preservação de florestas nativas, manejo sustentável do solo e proteção da biodiversidade.
Assim, sendo, tais ações geram créditos de carbono que podem ser usados no mercado regulado, fortalecendo o papel do agro como um modelo global de sustentabilidade e a maior fonte de oferta das compensações.
Desenvolvimento Sustentável e Benefícios ao Agro
A regulamentação do mercado de carbono, além de impulsionar a descarbonização da matriz energética, promove o avanço de práticas agrícolas sustentáveis, como:
- Sistemas agroflorestais.
- Manejo regenerativo de pastagens.
- Agricultura de baixo carbono.
- Preservação de áreas nativas e recursos hídricos.
Essas práticas não só ajudam a cumprir metas ambientais globais, mas também criam vantagens econômicas para o setor.
Com isso, o agronegócio poderá lucrar com a venda de créditos de carbono, ao mesmo tempo em que promove um modelo de produção mais alinhado com as demandas ambientais e sociais.
Leia: Incentivo à descarbonização
Conclusão
O avanço do mercado de carbono no Brasil é um passo significativo para atender às metas climáticas globais estabelecidas em acordos internacionais.
Assim, com sua matriz energética limpa e um setor agropecuário robusto, o país está em uma posição vantajosa para liderar a transição para uma economia de baixo carbono.
Portanto, o Brasil une sua vocação agrícola e ambiental para ser um exemplo de como aliar crescimento econômico e preservação ambiental.