O mercado de carbono do Brasil está em busca de reduzir as emissões do país, mas enfrenta críticas pela exclusão legislativa do setor agrícola.
Responsável por 74% das emissões nacionais, a falta de regulamentação para as emissões de carbono do setor agrícola pode prejudicar o alcance de metas climáticas do Brasil, bem como retardar o crescimento do mercado de carbono nacional.

Com isso em mente, a ausência de legislação para as emissões do setor está sendo uma pauta recorrente nas bancadas do agronegócio no Congresso Nacional.
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Como resposta às pressões, o argumento mais utilizado apontou a dificuldade técnica para medir as emissões do mercado, justificando a exclusão da agricultura da nova legislação sustentável.
Porém, apesar deste setor não ter sido incluso nas novas medidas, espera-se que a legislação, já que abrange outros setores emissores, auxilie no processo de produção florestal e redução do desmatamento.
Sendo assim, instituições públicas e privadas estão corroborando para gerar créditos de carbono por meio da conservação florestal e recuperação de áreas degradadas.
Estados como o Pará e Tocantins também apresentaram planos para comercialização de créditos de compensação, a fim de reduzir o desmatamento nessas regiões.
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Portanto, apesar de ainda persistirem falhas no mercado de carbono brasileiro, a nação sinaliza uma busca pelo financiamento verde para promover o desenvolvimento sustentável com soluções a longo prazo.