O cultivo de macroalgas, como a Kappaphycus alvarezii, vem se destacando como uma solução inovadora para a captura de carbono na atmosfera.
Em Santa Catarina, onde o cultivo dessa espécie está crescendo, um estudo da Epagri revelou que as áreas aquícolas poderiam sequestrar até 2.569 toneladas de carbono anualmente, devido à absorção de dióxido de carbono (CO₂).
Essas macroalgas conseguem realizar quatro ciclos produtivos por ano, potencializando sua capacidade de capturar carbono, em comparação com culturas como a soja, que possui apenas uma ou duas safras anuais.
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Mercado de carbono pode beneficiar produtores de algas
Com a regulamentação do mercado de carbono em discussão no Brasil, a venda de créditos de carbono pode se tornar uma importante fonte de renda para algicultores em Santa Catarina.
Esse processo permitiria que cada tonelada de carbono sequestrada pelas macroalgas fosse convertida em créditos, negociáveis para empresas interessadas em compensar suas emissões de gases de efeito estufa.
O governo brasileiro está desenvolvendo essa regulamentação, e a expectativa é que um Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões seja estabelecido até a COP-30, prevista para 2025 em Belém do Pará.
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Conexão com o Projeto Mejuruá na Amazônia
A captura de carbono pelas macroalgas em Santa Catarina está alinhada com iniciativas como o Projeto Mejuruá, promovido pela BR ARBO na Amazônia.
O projeto Mejuruá tem como objetivo o reflorestamento e a regeneração florestal, que também atuam no sequestro de carbono e na preservação ambiental.
Assim, tanto as algas em SC quanto as florestas restauradas no projeto amazônico representam soluções de carbono que fortalecem o mercado de créditos e promovem a sustentabilidade no Brasil.
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Por Ana Carolina Ávila