O lítio verde produzido pela Sigma Lithium, mineradora canadense que opera no Vale do Jequitinhonha, está no centro de uma polêmica.

Saiba mais:Estudo revela falhas em programas de créditos de carbono
A empresa que se apresenta como referência em mineração sustentável utilizava créditos de carbono de um projeto na Amazônia brasileira para compensar suas emissões.
Mas o projeto foi suspenso após denúncias de desmatamento ilegal e crimes ambientais.
Segundo a empresa o modelo de mineração da Sigma segue padrões de “zero impacto”.
Incluindo uso de energia renovável, reaproveitamento de água, ausência de barragens de rejeitos e eliminação de produtos químicos tóxicos.
Com essas práticas, a mineradora promove a imagem de um litio verde quíntuplo zero considerado neutro em carbono.
No entanto a neutralidade de carbono da Sigma dependia da compra de 59 mil créditos de carbono.
Que é um projeto voluntário de compensação na Amazônia, agora sob investigação federal.
O caso alvo da Operação Greenwashing da Polícia Federal, envolve acusações de grilagem de terras públicas, corrupção e fraude na certificação ambiental.
O projeto antes aprovado por um padrão internacional de carbono, foi suspenso em 2024 e permanece paralisado.
Com isso cresce a dúvida sobre a veracidade das credenciais climáticas da Sigma e de outras empresas.
Que apostam em compensações duvidosas para sustentar seus selos de sustentabilidade.
Saiba mais:Mineração e mudanças climáticas: o papel dos créditos de carbono
Projeto Mejuruá

O Projeto Mejuruá é uma iniciativa voltada proteção da floresta amazônica por meio da geração de créditos de carbono por meio da conservação ambiental.
Esse projeto conta com investimentos privados e é financiado pelo empresário Gaetano Buglisi.
A proposta busca manter a vegetação nativa ajudando a combater o desmatamento e a preservar a biodiversidade local.