Investimentos de grandes empresas, como Google e Microsoft, em intemperismo aprimorado de rochas para reduzir os níveis de CO2 da atmosfera ganham destaque.
Na conjuntura de sustentabilidade global atua, a busca por soluções inovadoras para combater as mudanças climáticas tem levado ao desenvolvimento de tecnologias que buscam reduzir os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

Como uma dessas soluções, o intemperismo aprimorado de rochas (ERW), ganhou destaque, especialmente com investimentos de grandes empresas como Google e Microsoft, que destinaram, em média, US$ 300 milhões para startups que trabalham para acelerar a captura de CO2 por meio deste modo.
O método inclui triturar rochas, a exemplo do basalto, em um pó fino e espalhá-lo sobre terras agrícolas. Assim, o CO2 dissolvido na água da chuva reage com o basalto, criando bicarbonato, uma molécula estável que é levada aos oceanos, ajudando a remover o gás da atmosfera.
Ademais, o basalto ainda promove o enriquecimento do solo com minerais, a fim de melhorar a fertilidade das terras. Com isso, caso o método se espalhe mundialmente, espera-se remover entre 2 a 4 bilhões de toneladas de CO2 por ano.
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O custo relativamente baixo desta prática é um fator crucial para o aumento dos investimentos. Enquanto a captura direta de ar pode custar até US$ 500 por tonelada de CO2, o preço do crédito de remoção por ERW é de cerca de US$ 300 por tonelada. Assim, torna-se uma opção considerável para investimentos.
Contudo, essa estratégia ainda apresenta desafios. Diferente de outras tecnologias, o ERW ocorre em sistemas abertos e envolve variáveis como absorção do CO2 pela água ou liberação do gás por micróbios. No entanto, as startups estão realizando experimentos rigorosos para validar os resultados e garantir sua eficácia.
Portanto, o futuro do ERW é promissor, com o apoio contínuo de investidores e o avanço nas pesquisas. Se comprovada sua eficácia, essa tecnologia pode se tornar uma ferramenta central no combate às mudanças climáticas, contribuindo de forma sustentável e escalável para a redução dos níveis de CO2 na atmosfera.
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Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de construir um futuro melhor com energias renováveis.
Ana Carolina Turessi