Inclusão de Metodologias REDD+ em Créditos de Carbono

Dois especialistas, Juerg Fuessler e Lambert Schneider, renunciaram ao painel de especialistas do Conselho de Integridade para o Mercado Voluntário de Carbono (ICVCM) como forma de manifestação contra a decisão de incluir três metodologias revisadas para créditos de carbono florestal no selo de “Princípios Fundamentais de Carbono”.

A medida, que visa regulamentar projetos relacionados ao mecanismo REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal), gerou controvérsias, uma vez que os críticos apontam possíveis falhas que comprometeriam a integridade ambiental desses créditos necessária para sua eficácia.

Eles consideram que não há garantia alguma, especialmente no que diz respeito ao risco de vazamento de emissões e à falta de planos para que as reduções sejam adicionais e não teriam ocorrido de qualquer forma.

O ICVCM, por sua vez, garante que as novas normas são mais robustas e capazes de mitigar os riscos de forma mais eficaz.

Amy Merrill, CEO do órgão, acredita que essas mudanças são essenciais para garantir a credibilidade e transparência do mercado de carbono, destacando um novo passo necessário para promover benefícios reais para o meio ambiente.

O mecanismo REDD+ permite que empresas compensem suas emissões de CO2 por projetos sustentáveis que interrompem o desmatamento e a degradação florestal, principalmente em países emergentes.

Contudo, esses créditos têm sido frequentemente alvo de dúvidas por serem vistos como meio de greenwashing, com acusações de que as empresas não estão realmente mitigando as emissões, mas apenas comprando créditos como forma de melhorar a imagem para a mídia.

Leia também: Questionamentos sobre Projetos de Crédito de Carbono no Brasil: Escândalo e Implicações para o mercado REDD+

Porém, apesar das preocupações com a credibilidade do mercado de carbono e a falta de confiança, especialmente em relação aos créditos REDD+, a demanda por este setor tem crescido exponencialmente, atraindo cada vez mais investidores.

Uma pesquisa recente revelou que muitas empresas estão comprando créditos para atingir suas metas de sustentabilidade, com algumas planejando gastar grandes somas em créditos de carbono, indicando uma crescente confiança no mercado, mesmo diante das controvérsias sobre sua eficácia.

Saiba mais: Avanços no Mercado de Carbono criam expectativas para o Brasil e o Mundo

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

Ana Carolina Turessi

Fale Conosco

Entre em contato com a BR Arbo e
obtenha mais informações sobre o
nosso trabalho.