Os incêndios agressivos ocorridos na Amazônia e no Pantanal contribuíram para um aumento recorde das emissões de carbono na atmosfera, evidenciando a gravidade da crise climática e ambiental que atinge a região.
Conhecido como o maior bioma alagado do planeta, o Pantanal foi sofreu incêndios florestais sem precedentes no ano atual. Dados revelam que as emissões entre os meses de maio e junho no estado do Mato Grosso do Sul alcançaram 3,3 MtCO₂, três vezes mais do que o registrado em 2009.

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Ademais, as emissões anuais do estado foram estimadas em 18,8 MtCO₂, marcando um recorde alarmante para o bioma.
A intensidade dos incêndios está diretamente relacionada com mudanças climáticas, como secas prolongadas e altas temperaturas, que contribuíram para o aumento e permanência do fogo.
A região da Amazônia também enfrentou incêndios graves. Conforme o Copernicus, programa da União Europeia de observação de terra, as emissões de carbono totais na Amazônia Legal brasileira atingiram 176,6 MtCO₂ em 2024, o maior recorde desde 2010.
Tais resultados são reflexos dos contínuos desmatamentos e queimadas ilegais, agravados por políticas ambientais frágeis e pela ausência de monitoramento efetivo.
Contexto global
A América do Norte, o oeste do Canadá e os Estados Unidos também sofreram com eventos climáticos extremos. No Canadá, as emissões totais ultrapassaram 200 MtCO₂, apenas abaixo do recorde de 2023. Na Colúmbia Britânica, por exemplo, as emissões em maio triplicaram em relação ao mesmo mês do ano anterior, alcançando 13,5 MtCO₂.
Essas áreas enfrentaram uma destruição significativa e um aumento do aquecimento global, embora as emissões de carbono tenham permanecido dentro da média histórica.
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Os incêndios florestais destacam a vulnerabilidade da biodiversidade frente às mudanças climáticas e desgaste humano, potencializando o aquecimento global, cada vez mais ligado a condições climáticas extremas.
Para diminuir seus impactos, é necessário adotar medidas preventivas, além de estratégias de restauração florestal e a ampliação do monitoramento por satélite são essenciais para evitar futuras catástrofes ambientais.
Assim, com o aumento dos incêndios na Amazônia e no Pantanal neste ano, a necessidade de ações preventivas para proteger os biomas e reduzir as emissões globais de carbono se tornou urgente.
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Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO aponta o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental para mitigar mudanças climáticas.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi