Os projetos de carbono no Zimbábue enfrentam críticas crescentes depois que muitas iniciativas foram suspensas com a introdução de uma nova lei que trouxe exigências mais rígidas de registro.

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Para as comunidades locais, a interrupção dos projetos gerou surpresa e frustração.
Especialmente porque autoridades afirmaram que o governo não estava envolvido.
Um dos pontos mais sensíveis é a falta de transparência.
Os recursos gerados pelos créditos de carbono passavam por diversos intermediários, incluindo conselhos locais e ONGs, dificultando o acompanhamento sobre quanto dinheiro era arrecadado e como era utilizado.
Essa ausência de clareza alimentou a desconfiança entre os moradores.
A pesquisa mostra que as compensações de carbono no país não funcionam como ferramentas neutras.
Elas influenciam diretamente questões políticas e econômicas, redefinindo quem controla a terra, quem recebe os benefícios e quem fica excluído.
Como muitos projetos restringem o acesso tradicional as florestas, a lenha e as pastagens, acabam criando uma espécie de “desapropriação virtual”.
Na prática, comunidades inteiras perderam o direito de coletar lenha, pastorear gado ou produzir tijolos em áreas que sempre foram consideradas terras comunitárias.
Mulheres e jovens, que dependiam da floresta para sobreviver, foram especialmente prejudicados pela redução de seus direitos de uso.
O resultado é um processo silencioso de perda de direitos e fragilização das comunidades locais.
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Projeto Mejuruá

O projeto Mejuruá é uma iniciativa importante que ajuda a conservar a floresta amazônica no Brasil.
Ele protege grandes áreas de floresta nativa, evitando o desmatamento e contribuindo para a captura de carbono.
Além disso o projeto gera créditos de carbono que podem ser vendidos para empresas interessadas em compensar suas emissões.