Na Nova Zelândia, o uso do hidrogênio verde apresenta potencial de reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em setores poluentes.
A Demanda por Hidrogênio na Nova Zelândia
O hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis, está emergindo como uma solução versátil para descarbonizar setores inteiros da economia.

Segundo analistas, se todos os setores adotarem o hidrogênio verde, priorizando seus usos de descarbonização, a demanda de consumo seria de aproximadamente 1 megatons por ano.
Assim, para atender a esta demanda, seria necessário triplicar a capacidade instalada de energia renovável no país e implementar 10 GW de eletrolisadores – equipamentos que usam eletricidade para extrair hidrogênio da água.
Os maiores consumidores seriam: produção de fertilizantes e metanol, transporte e combustíveis sintéticos, produção de aço e armazenamento energético de longo prazo
Por outro lado, aplicações como carros elétricos e aquecimento residencial, onde há alternativas viáveis e mais econômicas, estão no “fim da escada do hidrogênio”.
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Desafios de armazenamento
O armazenamento de hidrogênio para fins estratégicos, como transferir energia solar do verão para o inverno, requer soluções inovadoras: estruturas subterrâneas, como reservatórios de gás natural esgotados e tanques de armazenamento avançados e transporte em navios-tanque especializados.
Esses métodos enfrentam inúmeros desafios técnicos. O hidrogênio é uma molécula pequena e altamente permeável, o que exige materiais especializados para evitar vazamentos.
Custos do Hidrogênio Verde
Apesar de seu enorme impacto positivo, o hidrogênio verde ainda é caro, principalmente devido ao uso de recursos escassos, como platina, nos eletrolisadores. Sendo assim, a Nova Zelândia está focada em criar tecnologias de baixo custo que utilizem materiais abundantes, tornando o hidrogênio mais acessível.
Ademais, a geologia única da Nova Zelândia pode ser uma vantagem competitiva nesse campo.
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Conclusão
Para a Nova Zelândia, o hidrogênio verde não é apenas uma ferramenta para descarbonizar a economia doméstica, mas também uma oportunidade de liderança global na transição para uma economia de baixo carbono.
Contudo, sua produção requer avanços tecnológicos, incentivos políticos e investimentos de capital privado para garantir seu lugar em um mercado de combustíveis tão competitivo.
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi