Historicamente, as grandes empresas usavam compensações de carbono, como aquelas relacionadas a energia renovável, para compensar suas emissões de gases de efeito estufa, cumprindo suas metas climáticas de maneira mais acessível.
No entanto, empresas como Google, Delta Airlines e EasyJet estão abandonando esses créditos, particularmente os que financiam projetos de energia renovável.
Esses créditos, embora antes muito populares, começaram a ser questionados por sua falta de impacto climático efetivo.
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A Perda de Credibilidade dos Créditos de Energia Renovável
A falta de transparência e os impactos ambientais questionáveis têm diminuído a confiança nesse tipo de compensação.
Lambert Schneider, do Öko-Institut, destacou que muitos desses projetos, como parques solares e eólicos, já são economicamente viáveis por conta própria e não precisam de créditos para se manterem.
Essa dúvida sobre o impacto adicional das compensações tem levado o Conselho de Integridade para o Mercado Voluntário de Carbono (IC-VCM) a vetar essas compensações de receber o selo de “Princípios Fundamentais de Carbono”.
Empresas como Jet2 e Ernst & Young decidiram direcionar recursos para alternativas mais eficazes, como combustíveis de aviação sustentáveis (SAF) e tecnologias de remoção de carbono.
Essa mudança reflete um foco crescente em reduzir diretamente as emissões e adotar soluções verificadas, em vez de depender de compensações baratas que trazem benefícios ambientais discutíveis.
Já outras empresas, como TotalEnergies e Shell, continuam investindo em créditos de energia renovável.
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Relacionamento com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO mostram um modelo promissor de compensação que se alinha aos novos padrões exigidos.
Focado em reflorestamento e conservação, Mejuruá busca oferecer créditos com benefícios ambientais verificáveis, promovendo uma compensação mais confiável e impactante.
Em contraste com compensações que têm se mostrado insuficientes.
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Por Ana Carolina Ávila