Em uma votação unânime, o Conselho Estadual de Terras do Oregon aprovou, em 15 de outubro de 2024, um plano inovador que permitirá à Floresta Estadual Elliott registrar seus 83.000 acres no mercado voluntário de créditos de carbono.
A governadora Tina Kotek, a secretária de Estado LaVonne Griffin-Valade e o tesoureiro Tobias Read deram luz verde ao projeto.
O projeto visa proteger os habitats naturais e capturar e armazenar grandes quantidades de CO2 para mitigar as mudanças climáticas.
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Créditos de carbono podem gerar milhões em receita
A empresa Anew Climate, responsável pela análise de viabilidade, estima que a floresta poderá capturar até 435.000 toneladas métricas adicionais de CO2 ao longo dos próximos 40 anos.
Essa captura pode gerar uma receita de aproximadamente US$ 9 milhões com a venda de créditos de carbono nos próximos dez anos.
O plano de gestão florestal permitirá ainda o corte parcial de árvores, com cerca de 25% da floresta sendo destinada à exploração seletiva de madeira, o que gerou controvérsias entre ambientalistas e grupos indígenas locais.
O projeto de venda de créditos de carbono da Floresta Estadual Elliott está alinhado com o crescente mercado de carbono, que incentiva a preservação e o uso sustentável de áreas naturais, ao mesmo tempo em que gera uma nova fonte de receita para o estado.
No entanto, o corte de madeira em algumas partes da floresta gerou críticas de grupos que defendem uma abordagem mais conservadora.
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Paralelo com o Projeto Mejuruá no Brasil
Iniciativas como essa encontram paralelos no Projeto Mejuruá no Brasil, que também integra créditos de carbono com esforços de restauração florestal na Amazônia.
O Projeto Mejuruá foca no manejo sustentável das florestas com o envolvimento das comunidades locais.
Mostrando o impacto positivo que a conservação pode gerar em diferentes regiões do mundo.
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Por Ana Carolina Ávila