O mercado global de finanças sustentáveis está em rápida expansão, com expectativa de crescer de US$ 6,9 trilhões em 2024 para impressionantes US$ 44,2 trilhões até 2034 impulsionado por um CAGR de 20,4%.
Esse crescimento reflete o fortalecimento de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG), a crescente demanda por títulos verdes e fundos de impacto social, e a pressão regulatória para redirecionar capital para projetos sustentáveis.
A Europa lidera esse movimento, respondendo por mais de 43% da participação global e movimentando quase US$ 3 trilhões em 2024.No entanto, esse avanço enfrenta entraves significativos, especialmente em razão das tarifas impostas sobre tecnologias renováveis e componentes verdes.
Nos Estados Unidos, por exemplo, tarifas sobre painéis solares, baterias e peças de veículos elétricos aumentaram os custos de projetos sustentáveis em até 15%, comprometendo prazos, retorno sobre o investimento e a confiança de investidores.
A Comissão de Comércio Internacional dos EUA estima que bilhões de dólares em investimentos climáticos foram perdidos devido a essas barreiras comerciais, que afetam de forma ainda mais grave os países em desenvolvimento dependentes de tecnologia importada para suas transições verdes.
Diante desses desafios, empresas globais estão reconfigurando suas estratégias. Muitas estão diversificando ou relocalizando cadeias de suprimentos para mercados livres de tarifas, adotando soluções de produção local, modularidade em projetos e buscando apoio em parcerias público-privadas.
Investimentos em tecnologias que se qualificam para subsídios e incentivos fiscais também têm sido uma saída eficaz. Apesar dos obstáculos, o cenário de longo prazo para as finanças sustentáveis permanece promissor, movido por uma combinação de inovação, pressão regulatória e alinhamento crescente entre lucros e propósito socioambiental.