Falta de Financiamento Verde prejudica Cumprimento de Metas Climáticas da UE

O Banco Central Europeu (BCE) alertou a urgência de maior financiamento verde, essencial para que a União Europeia consiga cumprir suas metas climáticas estipuladas até 2023.

Conforme estimativa do BCE, a cada ano, são necessários € 558 bilhões adicionais para impulsionar a transição econômica verde.

O foco principal do conjunto europeu é reduzir suas emissões de carbono em 55% até o ano de 2030, baseando-se no nível das emissões de 1990. Contudo, atualmente, os recursos investidos em práticas sustentáveis, como energia renovável e tecnologia verde, estão aquém do necessário para atingir tal objetivo.

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Ademais, o BCE ressalta que as nações participantes devem direcionar entre 2,9% e 4% do seu PIB, com início este ano, para investimentos nestes setores.

Contudo, o financiamento em tais setores, essenciais para impulsionar a transição para uma economia de baixo carbono, está escasso, principalmente por causa de barreiras técnicas e falta de alinhamento com investimentos públicos em infraestrutura.

A pesquisa também declara que, mesmo com o crescimento exponencial dos mercados de financiamento de inovação na Europa, eles ainda representam parcela mínima dos mercados financeiros, sendo necessária ações robustas conjuntas entre os mercados de capitais para acelerar o desenvolvimento. Além disso, o pouco apoio fiscal e as altas taxas de financiamento também dificultam a atração de investidores neste setor.

Atualmente, há fundos públicos disponíveis, a exemplo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (RRF). Porém, estes são suficientes até 2025-2026, podendo ocorrer um déficit de cerca de € 54 bilhões após esse período. Com isso em mente, o BCE propõe uma estrutura de investimento público verde bem planejada, a fim de atrais mais investimento privado.

Somado a isso, as complexas legislações da UE sobre financiamento verde podem desencorajar investimentos privados. A Taxonomia da UE, principalmente, é considerada um obstáculo, já que apresenta critérios rigorosos para classificar investimentos como sustentáveis.

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Portanto, para garantir o cumprimento das metas climáticas estipuladas, é necessário que a UE simplifique suas regulamentações sem comprometer a transparência e continue a aumentar os investimentos necessários para uma transição verde eficaz.

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi

 

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