Falência da SolarZero coloca Fundo de Investimento Verde sob investigação

O Fundo de Investimento Verde, criado pelo governo anterior para impulsionar projetos sustentáveis, enfrenta investigações após a falência inesperada da SolarZero.

A SolarZero, uma empresa de energia solar que recebeu mais de US$ 100 milhões em recursos públicos, veio à falência e deixou um rastro de dívidas e volatilidade no mercado, colocando em prova a credibilidade do Fundo de Investimento Verde e sua gestão de investimentos, atribuindo o encerramento a “perdas insustentáveis”.

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Embora a presidente do Fundo de Investimento Verde, Cecilia Tarrant, tenha afirmado que o fundo não investiu diretamente na SolarZero, mas financiou painéis e baterias solares, o colapso levantou preocupações sobre a solidez das práticas de avaliação de risco do fundo.

“Estamos confiantes de que realizamos a devida diligência na transação”, afirmou Tarrant. No entanto, o primeiro relatório do liquidatário indicou uma dívida de quase US$ 40 milhões da empresa com funcionários e fornecedores, intensificando as críticas.

A BlackRock, acionista majoritária da empresa, também está sob análise. A instituição, que administra grandes partes dos fundos KiwiSaver, foi acusada de negligenciar o compromisso social da sustentabilidade ao deixar ex-funcionários da SolarZero desamparados.

Apesar da queda, uma empresa reserva foi designada para continuar prestando serviços de manutenção aos 15.000 clientes da SolarZero, trazendo alguma esperança para os consumidores afetados.

O contexto levou a Ministra das Finanças, Nicola Willis, e o Ministro das Mudanças Climáticas, Simon Watts, a convocar Tarrant para um encontro de emergência.

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Após a reunião, os ministros expressaram inquietações sobre a gestão do fundo e buscaram garantias sobre outras gerências feitas com recursos públicos.

O colapso da SolarZero traz levanta questões sobre a interseção entre sustentabilidade, governança e responsabilidade social.

Enquanto fundos como o de Investimento Verde desempenham um papel importantíssimo na transição para uma economia de baixo carbono, falhas na avaliação de risco e no acompanhamento de investimentos podem comprometer sua eficiência, qualidade e credibilidade.

Portanto, transparência e responsabilidade são estritamente necessários na gestão de recursos públicos é evidente, sendo essencial adotar critérios mais rigorosos de governança, avaliar impactos sociais e ambientais de maneira holística e fortalecer os mecanismos de supervisão.

Relação com o Projeto Mejuruá

Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO também apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.

Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.

Ana Carolina Turessi

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