Os eventos climáticos extremos registrados no Brasil em 2024 despertaram um novo senso de urgência para a aprovação do Projeto de Lei (PL) do Mercado de Carbono, que tramita há uma década no Congresso.
Entre os defensores da pauta está Cândido Bracher, ex-CEO do Itaú Unibanco, que atualmente integra o Conselho do banco.
Ele faz parte de um grupo de lideranças empresariais que pressionam por uma regulamentação urgente do mercado de carbono no Brasil.
Apontando a medida como essencial para a posição do país no cenário global de combate às mudanças climáticas.
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A importância de regulamentar o mercado de carbono: PL do carbono
Segundo Bracher, o mercado de carbono é crucial para desestimular atividades de alta emissão de gases poluentes e incentivar a transição para tecnologias mais limpas, como energia eólica e solar.
Ele destacou que a criação desse mercado, já presente na União Europeia e em outros países, seria um avanço significativo para o Brasil.
Ajudando a atrair investimentos e fortalecendo o país no debate climático internacional.
O impacto dos desastres climáticos deste ano, como enchentes no Rio Grande do Sul e incêndios florestais, mostrou, segundo Bracher, que o Brasil não pode mais adiar a regulamentação desse mercado.
Ele ressaltou que a transição para uma economia de baixo carbono é não apenas necessária para preservar o meio ambiente, mas também para garantir a estabilidade econômica e o futuro das próximas gerações.
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Relacionamento com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá, da BR ARBO, que combina reflorestamento com captura de carbono, reforçam o papel que o Brasil pode desempenhar na mitigação das mudanças climáticas.
O sucesso de projetos como esse dependerá de uma regulamentação sólida do mercado de carbono.
Permitindo que iniciativas de sequestro de carbono ganhem mais relevância e apoio econômico.
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Por Ana Carolina Ávila