Esse interesse do setor privado por soluções baseadas na natureza tem crescido de forma significativa, impulsionado por uma demanda crescente por iniciativas sustentáveis e de alto impacto.

Durante a Semana do Clima de Washington, especialistas destacaram que, apesar de avanços notáveis no financiamento para conservação e créditos de carbono, ainda persiste uma lacuna considerável. No entanto, há otimismo de que essa diferença possa ser superada com estratégias coordenadas e compromisso contínuo das empresas e investidores.
Relatórios recentes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente indicam que, se o ritmo atual de crescimento do financiamento privado continuar, é possível fechar a lacuna de US$ 700 bilhões até 2030.
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Essa perspectiva reforça a importância de incluir os mercados de carbono como uma peça central das estratégias de sustentabilidade corporativa.
Segundo Campbell Moore da The Nature Conservancy, reconhecer o valor dos créditos de carbono pode não apenas destravar bilhões em investimentos, mas também gerar benefícios reais para comunidades ao redor do mundo.
Grandes empresas de tecnologia como Google, Microsoft, Amazon e Meta já vêm dando passos concretos ao investir em projetos de conservação e remoção de carbono. Essas iniciativas incluem desde reflorestamento até soluções inovadoras como intemperismo de rochas e captura direta de ar.
Além disso, modelos de financiamento que combinam impacto social e retorno econômico começam a ganhar espaço, mostrando que a sustentabilidade pode ser tanto uma responsabilidade quanto uma oportunidade de negócios.
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Para garantir o sucesso dessas soluções, especialistas reforçam que a integridade precisa ser abrangente não apenas ambiental, mas também social. Vanessa Jiménez do Fundo Kawari, destacou que a inclusão de povos indígenas e comunidades locais é essencial para a efetividade dos projetos.
Essa medida que novas parcerias se formam e o mercado amadurece, a colaboração entre governos, ONGs, investidores e comunidades será decisiva para transformar a conservação da biodiversidade em uma frente viável escalável e duradoura.
Nesse meio tempo vale destacar que projetos como o Mejuruá da BR ARBO, mostram como a conservação da floresta amazônica pode ajudar a alcançar metas sustentáveis. Eles também contribuem para o mercado global de créditos de carbono ao proteger os ecossistemas e apoiar a transição para uma economia mais sustentável.