A Geórgia virou o primeiro estado dos EUA a lançar um programa de registro de créditos de carbono voltado para projetos de construção com madeira, que veio como uma alternativa sustentável que ajuda a armazenar carbono da atmosfera por décadas.

Esse programa, desenvolvido inicialmente para certificar o carbono em florestas, foi ampliado para incentivar práticas construtivas que reduzem as emissões, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local.
Desde 2021, com uma legislação que envolveu especialistas de diversas áreas, como arquitetura, engenharia e silvicultura, a Comissão Florestal da Geórgia definiu protocolos rigorosos para o registro, assegurando que os projetos registrados usem materiais sustentáveis e comprovem menor carbono incorporado em comparação às construções convencionais.
Até agora o edifício 619 Ponce em Atlanta é o primeiro a se beneficiar desse programa, destacando-se pelo uso de madeira regional e pela quantificação dos benefícios ambientais.
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O programa atribui créditos de carbono baseados em dois aspectos principais: o carbono armazenado diretamente na madeira utilizada na construção e a redução das emissões evitadas ao substituir materiais como aço e concreto, cuja produção gera grande impacto ambiental.
Além disso, o registro exige que o carbono permaneça armazenado por pelo menos 100 anos, refletindo a durabilidade das construções comerciais feitas com madeira maciça.
Especialistas envolvidos no projeto, como o deputado Todd Jones, ressaltam a importância de garantir a qualidade e confiabilidade dos créditos concedidos, estabelecendo regras claras de adicionalidade, validação e verificação independente.
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Com essa iniciativa, a Geórgia não apenas lidera o caminho na construção sustentável, mas também serve como exemplo para outros estados, que já demonstram interesse em adotar protocolos semelhantes, ampliando o alcance das práticas ambientais responsáveis na construção civil.

Projetos como o Mejuruá da BR ARBO, são exemplos importantes do potencial da conservação florestal na Amazônia para alcançar metas ambientais e reforçar o mercado internacional de créditos de carbono.
A preservação desses ecossistemas valiosos é fundamental para avançar na transição para uma economia mais sustentável.