Países emergentes discutem em COP29 a urgência de financiamento climático para mitigar mudanças climáticas
A COP29, sediada em Baku, Azerbaijão, enfatizou a urgência de ações coordenadas e eficazes entre países para combater as mudanças climáticas. Entre os principais tópicos debatidos estão o financiamento climático, a adaptação urbana e a transição para energias renováveis.
Estes temas refletem a dificuldade de equilibrar necessidades sociais, econômicas e ambientais em uma conjuntura mundial que enfrenta os impactos crescentes do aquecimento global.

O financiamento climático veio a tona como um dos pontos mais discutidos durante a conferência. Nações emergentes argumentaram que trilhões de dólares são necessários para diminuir os impactos ambientais e promover a transição da matriz energética e da economia. Assim, setores privados e órgãos governamentais foram envolvidos no quesito da discussão da origem dos recursos monetários.
A rápida urbanização por parte dessas regiões e o desenvolvimento desgovernado impulsionaram o aumento de emissão de gases poluentes e contribuíram para ameaças à biodiversidade e à segurança alimentar, afirmou Anaclaudia Rossbach, diretora executiva da ONU-Habitat.
Cidades como Xangai, Nova York e Tóquio, responsáveis por mais de 50% das emissões urbanas globais, podem liderar ações impactantes ao investir em transporte público eficiente, mobilidade elétrica, gestão de resíduos e infraestrutura energética limpa.
Pela primeira vez, o setor de turismo entrou oficialmente em pauta na COP29. Embora o turismo contribua para 3% do PIB global, também é responsável por uma parcela significativa das emissões de gases poluentes.
Assim, iniciativas para reduzir sua pegada de carbono são importantíssimas, principalmente se for levado em conta sua vulnerabilidade às mudanças climáticas.
O conselheiro especial do Secretário-Geral da ONU, Selwyn Hart, destacou que a transição para fontes limpas está em andamento, mas enfrenta desafios em termos de velocidade e equidade. Para que essa transição seja eficaz, é necessário garantir que benefícios econômicos e sociais sejam compartilhados amplamente, reduzindo desigualdades.
Assim, as negociações em Baku têm o potencial de redefinir o cenário global do financiamento climático e da ação urbana sustentável. O sucesso da COP29 dependerá da capacidade das nações de cooperarem de forma decisiva para proteger o futuro do planeta e das gerações futuras.
Relação com o Projeto Mejuruá
Iniciativas como o Projeto Mejuruá da BR ARBO apontam o potencial da conservação florestal amazônica para atingirem as metas sustentáveis, sendo considerado um projeto de viés ambiental.
Projetos como o Mejuruá contribuem para o mercado de carbono global ao preservar ecossistemas, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia local, alinhando-se com a perspectiva de transição para uma economia mais sustentável.
Ana Carolina Turessi