Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP), publicado na revista Nature Geoscience, alerta para os impactos drásticos que o enfraquecimento da Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (AMOC) pode ter na Amazônia.
Esse sistema oceânico, responsável por transportar calor e umidade entre os hemisférios, influencia diretamente o clima global e as chuvas que mantêm a floresta tropical em equilíbrio.
Com o colapso do AMOC, a cobertura vegetal da Amazônia pode sofrer uma transformação significativa, com graves consequências para a biodiversidade e o regime de chuvas na região.
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Impactos Climáticos e Desmatamento na Amazônica
O estudo mostra que o colapso da AMOC traria mudanças severas no regime de precipitação. Áreas no sul e leste da Amazônia, já afetadas pelo desmatamento, poderiam receber mais chuvas.
Enquanto a região norte, atualmente mais preservada, enfrentaria uma redução de precipitação.
Essa alteração no ciclo hídrico tornaria algumas áreas da floresta mais secas, aproximando-as de um processo de “savanização”, o que comprometeria a resiliência do bioma e sua capacidade de capturar carbono.
Pesquisadores analisaram sedimentos marinhos do Rio Amazonas, com vestígios de pólen e microcarvão, para entender como a floresta reagiu a eventos climáticos passados.
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Formas de contornar a situação: Projeto Mejuruá
Projetos como o Mejuruá, que atua na restauração da floresta e na geração de créditos de carbono, tornam-se cada vez mais essenciais diante desse cenário.
Além de preservar o ecossistema, iniciativas como a da BR ARBO ajudam a manter a resiliência climática da Amazônia.
Fortalecendo sua função como reguladora do clima global e combatendo os efeitos das mudanças climáticas.
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Por Ana Carolina Ávila