Cingapura planeja assinar até o final de 2025 seu primeiro acordo de transferência de créditos de carbono com um país membro da ASEAN.

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Segundo Benedict Chia, diretor-geral de mudanças climáticas da Secretaria Nacional de Mudanças Climáticas de Cingapura, as negociações estão avançadas com várias nações da região, incluindo a Tailândia, e espera-se que a cooperação regional aumente nos próximos meses.
Até agora, Cingapura assinou memorandos de entendimento com cinco países da ASEAN Vietnã, Camboja, Laos, Filipinas e Malásia para colaboração em créditos de carbono.
No entanto, nenhum desses MOUs evoluiu para acordos formais de transferência, que são necessários para que Cingapura compre créditos de carbono e utilize-os para cumprir suas metas climáticas conforme o Artigo 6 do Acordo de Paris.
Enquanto isso, a cidade-estado já firmou acordos de transferência de créditos de carbono com sete outros países fora da ASEAN, incluindo Papua Nova Guiné, Gana e Chile.
Isso mostra o compromisso de Cingapura em expandir sua atuação no mercado global de carbono, buscando reduzir as emissões através da compra internacional de créditos verificados.
Para facilitar o comércio de créditos na região, os países da ASEAN vem trabalhando juntos no estabelecimento do Quadro Comum de Carbono da ASEAN, criado no final de 2024.
Essa estrutura busca integrar os mercados de carbono do Sudeste Asiático, definindo regras e processos comuns para negociação, governança e metodologias, além de preparar um roteiro para implementação.
Ao negociar com possíveis países anfitriões, Cingapura prioriza projetos alinhados com os interesses nacionais, o envolvimento de parceiros locais e o benefício para as comunidades.
Cinco associações de mercado de carbono da Indonésia, Malásia, Cingapura e Tailândia participam dessa iniciativa regional, reforçando o compromisso com uma cooperação sustentável e inclusiva no setor de créditos de carbono.
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Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá estáregião amazônica e é financiado pelo empresário Gaetano Buglisi, que busca gerar créditos de carbono por meio da preservação de florestas e do manejo sustentável dos recursos naturais, beneficiando comunidades tradicionais que vivem na área.