Os preços do carbono industrial no Canadá enfrentam forte instabilidade devido a decisões de política pública que enfraquecem o mercado.
Saiba mais:Cingapura reforça papel dos mercados de carbono
Em vez de garantir previsibilidade e incentivar cortes reais de emissões alguns países adotaram medidas que criam insegurança regulatória e aumentam o excesso de créditos.
Um exemplo é o programa lançado por Ontário que permite as empresas reaver integralmente o que pagam em taxas de carbono.
Desde que direcionem os valores para projetos de redução de emissões.
Na prática isso gera incentivos perversos, já que grandes emissores podem acabar recebendo de volta tanto quanto pagam, anulando parte do sinal de preço.
Na Alberta, a abordagem segue caminho semelhante.
O governo criou a opção de créditos de investimento, permitindo que instalações descontem investimentos em descarbonização de suas obrigações futuras.
Apesar de parecer positivo, esse mecanismo pode resultar em contabilização dupla de reduções.
Ampliando ainda mais a oferta de créditos em um mercado já saturado.
Medidas como o congelamento do preço do carbono em Alberta e a suspensão do sistema em Saskatchewan intensificam o problema.
Para recuperar a confiança, especialistas defendem regras mais consistentes e alinhadas.
Os países tem condições de ajustar seus mercados para manter competitividade sem enfraquecer os incentivos de descarbonização.
Saiba mais:Mercado de créditos de carbono da Austrália
Projeto Mejuruá
O Projeto Mejuruá é um projeto financiado pelo empresário Gaetano Buglisi.
A geração de créditos de carbono é usada como ferramenta para proteger a floresta amazônica fazendo com que o carbono permaneça estocado nas árvores e convertido em créditos vendidos no mercado voluntário.
Essa iniciativa mostra como a preservação da floresta pode se transformar em benefício real para o clima.